Título

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE INDICES PREDITIVOS DE RISCO EM CIRURGIA VASCULAR

Objetivo

Avaliar os três principais índices de risco em cirurgia vascular (Gupta, Lee Criteria e VQI) além de comparar com desfechos de mortalidade e complicações pós cirúrgicas durante a internação.

Método

1. Análise retrospectiva de cirurgias arteriais realizadas na disciplina de cirurgia vascular nos anos de 2017/2018.
2. Análise prospectiva de cirurgias arteriais que serão realizadas na disciplina de cirurgia vascular nos anos de 2019/2020.

Resultados

Foram avaliados 115 procedimentos efetuados em 111 pacientes dentro dos pré-requisitos estabelecidos. Dentre estes, 50,45% pertenciam ao sexo feminino. A idade média foi de 66,9 anos. O período de internação médio foi de 34,7 dias. Houve 82 endarterectomias carotídeas (71,3%); 26 derivações aorto-ilíacas (22,6%); 4 pontes-tromboendarterectomia ilíaco-femurais (3,47%) e 3 correções endovasculares aorta/ilíacas (2,60%). Dentre os valores de risco fornecidos por meio das 3 ferramentas, houve discrepância maior do que 5 vezes, entre o menor e o maior valores aferidos, em 35 procedimentos (30,43%), dentre os quais, 19 com disparidades maiores do que 10 vezes (16,52%).

Conclusões

A amostra do número de procedimentos realizados no hospital São Paulo segue a distribuição por tipo de cirurgia registrada na literatura, com maioria de endarterectomias carotídeas. Há uma leve diferença na distribuição dos sexo, que neste estudo se mostra equitativa quando as evidências mostram um predomínio de homens. Na comparação entre as ferramentas, todas mostraram deficiências importantes e dependências de informações que revelam um quadro incompleto, quando utilizadas de modo isolado. Entretanto, quando aplicadas em conjunto, os resultados para avaliação do risco foram satisfatórios. Dentre as cirurgias que resultaram em períodos de internação maiores do que a média deste estudo, apenas no caso de 5 procedimentos (4,34%), as ferramentas apresentaram, conjuntamente e contraditoriamente, baixos riscos cirúrgicos. Deste modo, a avaliação da mortalidade em cirurgias vasculares ainda se mostra um desafio e o uso concomitante das três ferramentas se mostrou fundamental para oferecer o melhor tratamento possível aos pacientes.

Palavras Chave

cirurgia vascular mortalidade gupta lee vqi comparativo