Título

CARCINOMA DE CELULAS RENAIS EM JOVEM DE 15 ANOS: UM RELATO DE CASO.

Introdução

Os carcinomas de células renais (CCR) são o sétimo tipo histológico de câncer mais comum e compreende de 1 a 3% de todas as neoplasias viscerais. No geral, acomete mais homens do que mulheres, mas tem uma predominância etária na 6ª década de vida (1). Alguns fatores de risco predispõem o aparecimento e desenvolvimento da doença, como tabagismo, hipertensão, obesidade, exposição ocupacional a materiais de alta toxicidade, fatores genéticos e câncer prévio na infância (1). Nesse viés, o tratamento e prognóstico variam de acordo com o estadiamento do CCR, podendo seguir uma terapêutica clínica ou exigir uma intervenção cirúrgica (2). O padrão-ouro para diagnóstico é a tomografia computadorizada (TC), mas ultrassonografia (USG) e ressonância nuclear magnética também podem ser empregadas no caso de um resultado inconclusivo da TC (3).

Relato de Caso

Paciente do sexo masculino, 15 anos, obeso, apresentou-se ao Hospital de Base do Distrito Federal com queixa de dor lombar contínua em pontada, localizada à esquerda, de intensidade moderada (7/10, segundo a escala analógioca da dor), sem irradiação, associada a febre, hematúria em coágulos, disúria e perda ponderal não intencional de 9 kg no último mês. Nega tabagismo, etilismo e comorbidades associadas como diabetes e hipertensão. Ao exame físico, observou-se abdome plano e sinal de Grey-Turner positivo à inspeção, sinal de Giordano negativo, dor à palpação profunda em quadrante inferior esquerdo e presença de massa palpável com cerca de 10 cm também no flanco esquerdo. Foram realizados USG de abdome total, TC de tórax e abdome e exame anatomopatológico do rim esquerdo, revelando um carcinoma de células renais com estroma leiomiomatoso e grau nuclear de Furhman G2. Nesse contexto, foi submetido a nefrectomia radical esquerda com esplenectomia. A biópsia revelou o estadiamento do carcinoma em pT2bN0M0, correspondente ao estágio II para CCR. Paciente evoluiu estável hemodinamicamente no pós operatório e foi encaminhado para oncologia clínica.

Discussão

Por fim, considerando que a idade média de acometimento por CCR é de 64 anos e o que o desenvolvimento da doença está fortemente associado a fatores de risco que o paciente não apresenta, este relato torna-se ainda mais relevante a uma vez que trata de um paciente de 15 anos e sem comorbidades.

Palavras Chave

Carcinoma, Fatores de Risco, Adulto Jovem, Biópsia

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS