Dados do Trabalho


Título

Escleroterapia com Glicose 75 %. Avaliação de Questionário de Qualidade de Vida

Introdução

O Tratamento das varizes dos membros inferiores iniciou com a utilização de ferro em brasa por Hipócrates, visando a fibrose do vaso. Vem de Tournay a mais antiga referência histórica a escleroterapia com agente esclerosante. Em 1667 Elshoitz teria curado uma úlcera crônica da perna varicosa com um inusitado método esclerosante : bexiga, agulha de osso e infusão de tanchagem.
A Flebologia praticada atualmente trata de pequenas veias varicosas e telangectasias com resultados encorajadores, com a disponibilidade de novos equipamentos e técnicas, tanto para auxílio diagnóstico como para terapêutica.

Relato de Caso

Foram atendidos 44 pacientes, com faixa etária média de 47 anos, do sexo feminino, procedentes de Santos em 20 % e de São Vicente 48 %. Foram segmentadas áreas de tratamento de interesse das pacientes, como coxa lateral, coxa medial. O IMC médio aferido foi de 26.7 (sobrepeso), e 13 % de obesos ( IMC acima de 30 ). 33 % com duas a três gestações. 70 % das pacientes com história familiar de doença venosa. 40 % das pacientes relatavam o uso de contraceptivo oral. 56 % dos pacientes se declararam sedentários. Houve um número médio de 4,6 sessões. Uma paciente recebeu 13 sessões de escleroterapia. Cada sessão consistia na aplicação de uma seringa com dois ml (2) de glicose 75 %. Houve a necessidade de drenagem de microflebites em 14 pacientes, 31 %. Quando perguntados sobre dor durante a aplicação, 84 % dos pacientes não queixaram dor. Quando perguntados sobre o quesito queimação especificamente durante a aplicação 79.5 % (35) relataram não sentir queimação. O volume médio por paciente foi de 8.8 ml. Por estarmos numa localidade turística e praiana não houve proibição da exposição solar.

Discussão

A Escleroterapia com Glicose hipertônica a 75 % é técnica já estabelecida na Especialidade de Cirurgia Vascular no Brasil, e dominada com maestria pelos Especialistas na área. A sua aplicabilidade técnica, reprodutibilidade de resultados, segurança biológica, baixo risco de alergias, e confiança na obtenção dos resultados já é de longa data sabida. Nesta casuística, as perguntas que destacamos como mais relevantes, foram aquelas advindas dos questionamentos dos próprios pacientes quanto a efetividade do método, dor, queimação e efeitos indesejados ao resultado. Quando especificamente questionadas em como sua saúde física ou emocional interferia nas suas atividades, ou seja, a presença das telangectasias, observamos interferência em 65 % das pacientes no pré procedimento, em boa ou a maior parte do tempo. Este mesmo número caiu para 20 % ao final do tratamento, mostrando a clara interferência na atividade físico-social deste grupo de pacientes portadoras de telangectasias. De maneira surprendente, quando questionadas sobre o seu estado geral de saúde, apenas 30% das pacientes responderem muito bom e/ou excelente no pré tratamento. No entanto, na reavaliação ao término do tratamento este número referido a saúde geral em muito boa ou excelente subiu para 62 % .

Palavras Chave

Varizes, Escleroterapia

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Climago, Hospital Guilherme Álvaro - São Paulo - Brasil

Autores

Mariano Gomes