Dados do Trabalho


Título

COVID-19 E O TRATAMENTO DE ABDOMEN AGUDO INFLAMATORIO NA URGENCIA: ANALISE DOS PACIENTES DO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL DO SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL

Objetivo

Avaliar a manutenção do tratamento padrão nos casos de abdome agudo inflamatório em pacientes assintomáticos e sem alterações tomográficas durante pandemia Coronavírus 19 (COVID-19).

Método

Realizado estudo observacional através da análise de prontuários dos pacientes admitidos com abdome agudo inflamatório (colecistite aguda e apendicite aguda) sem sintomas respiratórios, durante o período de março a julho de 2020 no Hospital do Servidor Público Estadual São Paulo – IAMSPE. Foram excluídos os pacientes com sinais radiológicos sugestivos da infecção e/ou Teste Rápido positivo para COVID-19. Quanto a apendicite aguda, avaliou-se o tipo de abordagem inicial e a taxa de conversão, assim como a classificação laparoscópica (classificação de Gomes). Na Coleciste Aguda, foi analisado a abordagem de tratamento, desfecho e gravidade (critérios de Tokyo). Ambas as patologias foram avaliadas quanto ao tempo de internação e Complicações Clavien-Dindo, bem como a presença de sintomas respiratórios e/ou COVID-19 positivo em até 15 dias da alta hospitalar.

Resultados

Foram analisados 108 prontuários e após critérios de exclusão obteve-se 89 pacientes. Foi avaliadon 35 pacientes com apendicite aguda e baixo risco para COVID-19 – com média de 2.1 dias de internação, sendo 20 mulheres (57,2%) e média de idade de 49,1 anos. 97,1% com abordagem videolaparoscópica. Quando ao grupo da colecistite aguda com baixo risco para COVID-19, foi analisado n 54 pessoas - média de 2.5 dias de internação, sendo 39 mulheres (72,2%) e média de idade de 57,2 anos. 49 casos (90,8%) com abordagem videolaparoscópica, 4 (7,4%) optados por colecistostomia percutânea e 1 (1,8%) tratamento clínico com antibioticoterapia. Dos pacientes avaliados, 1 paciente (1,12%) evoluiu ao óbito por COVID-19 em até 15 dias após a alta hospitalar.

Conclusões

Nos pacientes com baixa probabilidade de COVID-19, o tratamento padrão pode ser realizado para as afecções agudas estudadas. Os resultados apresentados não tem direta relação com a pandemia.

Palavras Chave

Covid-19
apendicite
colecistite aguda

Área

MISCELÂNEA

Instituições

Hospital Servidor Publico Estadual - São Paulo - Brasil

Autores

Thereza Cristina Carvalho Kalmar, Jose Francisco de Mattos Farah, Adrieli Heloisa Campardo Pansani, Vinicius Grigolli