Dados do Trabalho


Título

MEGAESOFAGO IDIOPATICO: ESOFAGECTOMIA VIDEO-TORACO-LAPAROSCOPICA COM TEMPO TORACICO EM POSIÇAO PRONADA. UM RELATO DE CASO.

Introdução

O megaesôfago pode ter origem idiopática ou ser uma forma de apresentação clínica da doença de Chagas. Nele, ocorre destruição de plexos nervosos intramurais do esôfago, redução de peristaltismo ao nível do corpo do órgão e não abertura do esfíncter esofagiano inferior (acalásia) à deglutição. O sintoma principal é a disfagia sendo a manifestação que leva o paciente a procurar atendimento médico e determina o diagnóstico, sendo geralmente progressiva. O megaesôfago é graduado de acordo com o diâmetro transverso do órgão, variando de I a IV. Seu tratamento é cirúrgico e essa classificação auxilia a escolha da operação. Existem diversas formas de tratamento para pacientes com sintomatologia proeminente ou refratários à terapia clínica, incluindo a dilatação pneumática via endoscópica, cardiomiotomia de Heller associada ou não com fundoplicatura, miotomia por via endoscópica (POEM- Per Oral Endoscopic Myotomy) até esofagectomia (transtorácica, trans-hiatal, em três campos: tri-incisional ou técnica de McKeown modificada, via video-tóraco-laparoscópica com tempo torácico em posição pronada).

Relato de Caso

Paciente de 24 anos de idade, sexo masculino, natural e procedente de São Paulo, com queixa de disfagia para líquidos e emagrecimento importante (peso na internação: 51kg IMC: 15,7 kg/m2). Pais rígidos, sem comorbidades. A investigação sorológica para Doença de Chagas foi negativa. Os exames de imagem evidenciaram um megaesôfago grau IV. De antecedentes cirúrgicos, o mesmo já foi submetido a Cardiomiotomia a Heller + fundoplicatura parcial Laparoscópica, há 13 anos, devido acalásia idiopática (megaesôfago grau III- Mascarenhas) e diversas tentativas de dilatação via endoscópica. A técnica empregada foi a videotoracoscopia em posição pronada, seguida por videolaparoscopia no tempo abdominal. O paciente permaneceu em Unidade de Terapia invasiva durante os dois primeiros dias pós operatórios, tendo alta no quinto PO, com boa aceitação de dieta pastosa.

Discussão

A esofagectomia com abordagem transtorácica tem comum associação a morbidade da toracotomia e suas complicações, sendo a videocirurgia utilizada com o intuito de diminuir dor no pós-operatório e proporcionando bom campo cirúrgico. No presente estudo foi possível evidenciar boa evolução pós-operatória, com alta precoce, baixa morbidade e grande impacto na qualidade de vida do paciente.

Palavras Chave

megaesôfago; cardiomiotomia à Heller; esofagectomia videolaparoscópica

Área

ESÔFAGO

Instituições

HOSPITAL SÃO LUIZ - São Paulo - Brasil

Autores

JESSICA MAYUMI NAGAO, Daniel Eichemberg Fernandes Maia, Vinicius Vieira Simonetti