Dados do Trabalho
Título
Peritonectomia para tratamento de pseudomixoma peritoneal
Objetivo
RPN, feminino, 60 anos, diagnóstico de cistoadenocarcinoma mucinoso de apêndice, submetida a hemicolectomia direita, histerectomia parcial e tratamento neoadjuvante com XELOX (Oxaliplatina e Capecitabina). Recidiva tumoral, TC evidenciou lesão expansiva mal definida, densidade sólido-cística de origem anexial esquerda, 7,5x5,0 cm. PCI pré-operatório 12 e após tratamento neoadjuvante, 20. Incisão xifo-pubiana, peritonectomia parietal bilateral, peritonectomia diafragmática e pélvica, omentectomia maior, e ressecção parcial da parede abdominal. Exenteração pélvica posterior, colectomia esquerda, linfadenectomia, colecistectomia e colostomia à Hartmann. Foi administrado na cavidade aberta quimioterápico Mephalan 60 mg/m2 em 3L de solução salina 0,9% a 40°C por 1 hora. A cavidade foi lavada com cristaloide e a parede reconstruída por meio da técnica de Ramirez, colocando uma tela por cima.
Método
Dados coletados desde a internação, análise diária de acompanhamento do leito hospitalar, exames de imagem, laboratoriais e físicos. Critérios de indicação, abordagem cirúrgica e sistema de quimioterapia baseados em Sugarbaker. Informações e dados divulgados foram previamente autorizados pela paciente a partir do termo de consentimento livre e esclarecido.
Resultados
Pós-operatório imediato sem disfunção orgânica grave. 4º dia com sistema VAC na ferida, NPT 42 ml/hora e dieta oligomérica. No 8º, identificada laceração da musculatura da parede posterior na fossa ilíaca direita, o que colocou alça do íleo terminal em contato com a tela, erodindo. TC evidenciou área de conteúdo moteado, focos gasosos, intraperitoneal e extensão à coleção subcutânea. Reoperada no 20º dia, orientando a fístula com sonda de Folley, retirada da tela e instalação do VAC. Exame anatopatológico, detectou adenocarcinoma mucinoso comprometendo mesocólon, parede colônica sem alcançar a mucosa, epíplon e tecido adiposo perivesical com linfonodos livres.
Conclusões
Cirurgia feita para aumentar a sobrevida da paciente, porém seu PCI de 12 foi irrelevante neste caso. Em casos de pseudomyxoma peritonei, considera-se satisfatória a ressecção a nível CC1. Contudo, a ressecção foi a nível de citorredução completa CC0, isso quer dizer que a paciente tem, inclusive, possibilidade de cura. No exame anatomopatológico o índice de carcinomatose peritoneal no pós-operatório pontuou 20, representando importante fator na avaliação do procedimento cirúrgico realizado.
Palavras Chave
HIPEC
citorreduçao
cirurgia oncologica
Área
ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO
Instituições
INSTITUTO CARLOS CHAGAS - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
LORENA Milagros Castillo Chung, Christine Iglesias, Alejandroo Restreppo, Ana Paula Muller, Michaela Schereiner Gauer, Camilo Andres Cañas, FLAVIO Sa Ribeiro, Chabely Areche