Título

“CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE REFLEXÃO E TROCA DE SABERES SOBRE OS LIMITES E POTÊNCIAS DA REDE DE ATENÇÃO EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL, ENTRE OS ATORES ENVOLVIDOS(GESTÃO, TRABALHADORES, DOCENTES, ALUNOS, USUÁRIOS)”.

Justificativa (por que), Objetivos (para que), Ações (como) - 300 palavras

JUSTIFICATIVA
O município de Sapucaia do Sul possui vocação e desejo de tornar-se pólo formador de profissionais para atuarem no SUS. Sua aposta é pela Estratégia da Saúde da Família como coordenadora da atenção básica em saúde (ABS).
A Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) também optou por ser centro formador, oferecendo vagas em Residência Médica (Psiquiatria, Pediatria, Anestesiologia, Clínica Médica, Cirurgia Geral e Gineco-Obstetrícia).
A percepção das autoras, compartilhada com colegas de trabalho, é que ainda é falha a integração entre a ABS e a FMGV, principalmente entre os trabalhadores e usuários. Além disto, a transição de serviços meramente prestadores de atenção para formadores de profissionais ainda é incipiente.

OBJETIVOS
A partir desta percepção, o projeto aplicativo (PA) objetiva criar espaços de diálogo, reflexão e compromisso entre gestores, trabalhadores, docentes, discentes e usuários, em diferentes níveis da atenção em saúde.

AÇÕES:
1: Apresentação da rede de ABS e rede de apoio ao novos residentes e seus preceptores.
2: Atualização constante dos guias informativos médico e da rede de apoio (saúde e social), para conhecimento dos profissionais, esclarecimento de fluxos, melhora na comunicação entre serviços e qualificação na atenção ao usuário. Distribuição destes guias em todos os serviços e setores, principalmente aos novos profissionais.
3: Mentoria para apresentação/familiarização do novo médico da UBS (mínimo um turno). Tornar-se-á referência deste novo colega para futuras dúvidas.
4: Definição do “cardápio mínimo” de serviços oferecidos pelas UBS
5: Estímulo ao uso do Telessaúde-RS, tanto para consultorias quanto para qualificar a regulação dos casos aos especialistas focais.
6: Remuneração adequada dos preceptores.
7: Criação de espaços com tempo protegido para reflexão, criação de identidade de preceptor e desenvolvimento do Plano Político-Pedagógico das Residências Médicas.
8: Apresentação das metodologias ativas e curso de preceptores do IEP HSL

Quais desafios você está enfrentando no desenvolvimento/ implantação do PA? - 100 palavras

A falta de tempo específico para implantação do PA, pois seguimos inseridas em nossas rotinas de trabalho.
A dificuldade em coordenar as agendas dos gestores, colaboradores e dos trabalhadores.
Os tempos institucionais são diferentes.
O atraso e precariedade na implantação da rede lógica no município, o que dificulta a integração dos serviços.
A cultura institucional vigente ainda muito focada em prestação de serviços, pouco afeita a proteger o tempo de formação da dupla preceptor-residente.

O que esses desafios significam para você, sua equipe e sua instituição? - 100 palavras

São nós críticos, que podem inviabilizar as ações do PA .
Um novo “player” inseriu-se no nosso cenário, a Unissinos está sinalizando com o desejo de ampliar seus campos de formação para além de São Leopoldo, incluindo as ESF de Sapucaia do Sul, assim como o Hospital Municipal Getúlio Vargas (gerido pela FHGV).
Isto favoreceu os desejos políticos, acelerando medidas para qualificar tanto a ABS quanto a FHGV.

O que você pode fazer para enfrentar esses desafios? - 100 palavras

Apropriar-nos da tecnologia “ Planejamento Estratégico Situacional” foi muito importante, pois permitiu-nos uma análise mais profunda e realista dos problemas e, principalmente, dos atores envolvidos. Esclareceu como alguns destes atores podem, em um momento serem colaboradores e, no instante seguinte, serem opositores de outra ação.
Para isto, exigiu-nos criatividade para ampliar a visão do contexto, identificando motivações, habilidades políticas para construir alianças e dedicação para “tecer” e ampliar a rede de atenção em saúde.