Articulação deficiente entre o ensino e serviço de Saúde nos programas de estágio e residência no município de São João del-Rei
Os alunos do curso de Especialização em Preceptoria no SUS levantaram os principais problemas relacionados ao exercício da supervisão de estágio e preceptoria. Esses foram analisados, reformulados e agrupados nos macroproblemas: falta de motivação dos envolvidos nos serviços de saúde e ensino, subfinanciamento do ensino e do serviço, articulação deficiente entre o ensino e o serviço e, por último, insuficiência de recursos humanos e físicos. A partir da matriz de priorização de problemas, o macroproblema “articulação deficiente entre o ensino e o serviço” foi o mais relevante. O presente projeto aplicativo visa tentar saná-lo. De acordo com Martins e Chaves (2000) a maior evidência para causa e consequência desse problema ocorre em função da deficiência na comunicação entre ensino-serviço. Tentativas para melhorar essa comunicação acontecem há bastante tempo, mas ainda, é deficiente. Muitos são os embates para resolução desse problema com propostas para mudanças na graduação em saúde com vistas a uma prática profissional mais reflexiva na promoção do cuidado. Para Baldoino e Veras (2016) o que necessita ser modificado nos princípios da integração ensino/serviço e saúde/comunidade é o cuidado na formação de profissionais aptos para o trabalho em equipe, com ênfase na integralidade do cuidado.
Adotamos assim a Estratégia de Saúde da Família - ESF como campo para desenvolvimento do projeto aplicativo, pois, conforme Soratto et al (2015), a ESF visa à mudança do modelo tradicional de assistência em saúde e, além disso, “tem apresentado um vínculo mais forte com a comunidade do que a APS estruturada em UBS tradicionais” (ARANTES et al, 2016, p.1506). A sugestão portanto e a inversão na elaboração de projetos, serão realizados de forma participativa, considerando a realidade local, a comunidade, os profissionais, o serviço e a instituição de ensino . Fato que possibilitara projetos dentre da realidade e consequentemente mais duradouros e efetivos.
Foram identificadas diversas dificuldades relacionadas ao estágio e a preceptoria nos Serviços de Saúde, tais como: falta de articulação da rede de Serviços de Saúde, equipe multiprofissional pouco integrada para receber os alunos estagiários/residentes, falta de conhecimento dos alunos acerca do campo de atuação, falta de conhecimento das funções do preceptor pelos profissionais do serviço, dificuldade de compartilhamento entre espaços e saberes, insuficiência de recursos físicos e humanos para execução dos projetos de estágio/residência e acompanhamento dos alunos, excesso de projetos e/ou interrupção repentina desses, dentre outras.
Simbolizam pontos de atenção e que o processo exige intervenção e persistência pois existe um ponto a ser trabalhado que e a articulação constante.
Mobilizar e envolver comunidade, profissional e alunos nos projetos pois o seguimento dos projetos vai depender de um diagnostico efetivo e o verdadeiro envolvimento
Ações que envolvam a gestão de ensino e saúde que permitam conhecer de forma aprofundada o cenário da prática dos serviços de saúde e que os projetos de estágio e residência estejam de acordo com as necessidades das Unidades de Saúde.
Melhoria das informações e mobilização do envolvidos.
Visando melhorar essa articulação podemos realizar de diagnóstico situacional das Unidades de Saúde e apresentação do resultado para a Gestão das Instituições de Ensino e das Unidades de Saúde; elaborar, aplicação, analisar e avaliar conjuntamente (ensino e serviço) o projetos de estágio e residência; capacitação de todos os atores envolvidos acerca do COAPS
Envolver todos participantes na busca pelo sucesso desta proposta e ainda constantes reavaliacoes e discussões
PRM/PSUS - Preceptoria de Residência Médica / Preceptoria no SUS
sao joao del rei - Minas Gerais - Brasil
eliene jaqueiline andrade, andrea carmem guimares