Título

A PRECEPTORIA COMO UMA ESTRATEGIA PEDAGOGICA PARA EDUCAÇAO PERMANENTE DOS AGENTES COMUNITARIOS DE SAUDE NO MUNICIPIO DE ANANINDEUA-PA

Justificativa (por que), Objetivos (para que), Ações (como) - 300 palavras

A partir do compartilhamento de vivências na Estratégia Saúde da Família (ESF), perceberam-se questões relacionadas aos agentes comunitários de saúde (ACS), que se representam em “nós críticos” importantes a serem trabalhados em nosso Projeto Aplicativo (PA) e assim repercutindo no SUS em um maior retorno à sociedade e a realidade local. Observou-se que esse profissional passa um tempo considerável do dia dentro da ESF em relativa ociosidade, sentindo-se desmotivado. Não se envolvendo em atividades educativas junto à população e não possui um espaço para que seja ouvido pela equipe da ESF. Embora haja na unidade inúmeros guias, cartilhas e manuais para orientação do ACS, esse material permanece arquivado em armários ou subutilizados. Na prática cotidiana, nota-se que esse profissional tem atuado muitas vezes como um "mensageiro", como alguém que entrega documentos referentes à marcação de consultas e exames, além de realizar o preenchimento das fichas que compõe o Sistema de Informação da Saúde. As observações acima apontam que as potencialidades do ACS não estão sendo exploradas em sua plenitude e a importância do seu trabalho não está clara. Muitos deles foram recém-admitidos por um concurso público em nosso Município e necessitam de cursos de capacitação. Porém, quando recebem “treinamentos” os ACS são pouco qualificados com o uso das ferramentas pedagógicas da preceptoria. A implantação deste PA, assim segue uma perspectiva construtivista com o objetivo de produzir intervenções nessa realidade. No plano de ação consta da sensibilização do ACS quanto a importância da educação permanente, com a realização de rodas de conversa sobre a importância da educação permanente no SUS, aplicação de questionário para sondagem de temas voltados a atuação do ACS, e, em uma segunda etapa, serão aplicadas oficinas de trabalho para integração ensino-serviço, com uso de ferramentas pedagógicas e construção de mapas dinâmicos da cartografia do território

Quais desafios você está enfrentando no desenvolvimento/ implantação do PA? - 100 palavras

O mais difícil, foi realizar a priorização e elencar o mais importante e que merecesse a nossa dedicação para ser conduzido nas oficinas com os ACS, e tentar mudar uma realidade para que seja visível em todo o território municipal. Dentre os desconfortos elencamos: má gestão de recursos financeiros, desvalorização e falta de reconhecimento do Preceptor pelo gestor no SUS, deficiência de gerenciamento nos serviços de saúde no SUS e fragilidade na segurança pública que não tornam atrativos os trabalhos na ESF, impactando também como fatores desmotivares ao serviço do ACS

O que esses desafios significam para você, sua equipe e sua instituição? - 100 palavras

Tendo em vista este cenário, esses desafios representam uma oportunidade de repensar e atuar de forma urgente com práticas de preceptoria aos ACS, em busca de despertar um olhar que envolva a transformação das suas práticas profissionais e da própria organização do trabalho, tomando como referência às necessidades de saúde das populações e a elas dirigidas. Assim, fortalecendo a atenção básica, importante cartão de visita, em seus princípios mais essenciais como é o caso, por exemplo do primeiro contato. Além disso, o estímulo à valorização do ACS e educação permanente possibilita o melhor acompanhamento das transformações contínuas que ocorrem na sociedade

O que você pode fazer para enfrentar esses desafios? - 100 palavras

Principalmente, conscientizar os ACS de seu papel e potencial transformador de mudanças, utilizando as ferramentas pedagógicas através da preceptoria na melhora da qualidade da educação permanente. Tal abordagem, almeja enfrentar questões ainda emblemáticas no cenário do SUS como a falta de motivação por parte destes profissionais, e assim estimular o “aprender a aprender” como disparador para lidar com esta problemática. Dessa forma, a implantação desse PA figura para enfrentar esses desafios como importante “elo” na libertação do ACS da imagem pormenorizada de um “apoio” sem identidade própria, para um olhar de profissional mais completo e integrado com o serviço