Fernanda Prestes Eventos
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Dados do Trabalho


Título

PROBLEMATIZANDO A FORMAÇAO DIDATICO-PEDAGOGICA PARA O EXERCICIO DA PRECEPTORIA MEDICA: A CONSTRUÇAO DE OFICINAS ANCORADAS EM METODOLOGIAS ATIVAS

Justificativa (por que), Objetivos (para que), Ações (como) - 300 palavras

A aplicação do planejamento estratégico situacional está contribuindo para a elaboração do Projeto Aplicativo (PA) do Grupo Afinidade - Redes. Durante as discussões foram identificados e priorizados os seguintes problemas: conteúdos que exploram pouco os aspectos comportamentais e atitudinais dos residentes; maior valorização da atenção hospitalar em detrimento da atenção básica; carência de protocolos institucionais para nortear as tomadas de decisão; dificuldade em garantir segurança do paciente ao dar autonomia ao residente; dificuldade na avaliação justa do residente e suas amarras legais; pouco comprometimento do residente com a equipe do cenário de prática; e o conhecimento incipiente da realidade bio-psico-social pelo residente e equipe. Esses problemas foram agrupados no macro problema “dificuldades na execução do projeto pedagógico do curso”, e validados pelos atores convidados para o momento de socialização do esboço inicial do PA. Após isso, foi elaborada a árvore explicativa a partir dos problemas priorizados, relacionando as causas e consequências, até chegarmos na identificação de dois nós-críticos, ou seja, os pontos de maior possibilidade de intervenção, e com potencialidade de provocar mudanças. Então o grupo discutiu as ações que poderiam intervir nos problemas para solucionar esses dois nós-críticos. Mapeamos os parceiros e opositores, e iniciamos a discussão da viabilidade das ações, concluindo que o nó-crítico “preceptores não tem formação pedagógica para o exercício da preceptoria médica” era o que teríamos governabilidade para intervir. Esse nó-crítico oportunizou a construção do objetivo do projeto aplicativo: “desenvolver oficinas para instrumentalizar a prática da preceptoria médica”, uma vez que compreendemos que este objetivo teria maior potência para o desenvolvimento do PA. O grupo encontra-se em fase de construção das intervenções para atingir o objetivo proposto, e para tanto tem iniciado diálogos dentro das instituições participantes do curso, buscando institucionalizar processos formativos que instrumentalizem os preceptores para as questões didático-pedagógicas, ancoradas na espiral construtivista.

Quais desafios você está enfrentando no desenvolvimento/ implantação do PA? - 100 palavras

O Grupo Afinidade “REDES” contempla profissionais da atenção básica, hospitalar, instituições de ensino, gestão pública municipal e estadual. A heterogeneidade do grupo, que poderia ser compreendida em sua pluralidade de saberes como algo enriquecedor, tem sido um dos principais desafios para consensuar as ações, uma vez que coexistem diferentes percepções pessoais sobre o objetivo do curso e as práticas cotidianas de cada instituição representada. Denota-se com essa dificuldade de amadurecermos um objetivo que seja de fato coletivo e supra institucional, que a integração ensino-serviço-comunidade continua sendo um discurso retórico em documentos e falas, mas com pouca aplicabilidade na prática.

O que esses desafios significam para você, sua equipe e sua instituição? - 100 palavras

Significa que existem desafios que vão para além da integração ensino-serviço-comunidade, requerendo ressignificar as compreensões individualistas, transcendendo para uma dimensão institucional, e como nos instiga a espiral construtivista, construirmos acordos que sejam genuinamente solidários e coletivos. Sentimos também que necessitamos amadurecer a própria finalidade do curso em si, que para alguns cursistas e atores, seria de conceder uma “caixa de ferramentas” eficaz e pronta para uso, a despeito do sentido de construção coletiva de saberes no qual o curso se respalda.

O que você pode fazer para enfrentar esses desafios? - 100 palavras

Caminhos para mudança passam pelo reconhecimento de que são imperativos investimentos em processos de qualificação, para potencializarmos a apropriação e uso de tecnologias leves, buscando o aprofundamento nas metodologias ativas e no movimento de ensinar e aprender. Essas dificuldades relacionais possuem conexão direta com nossa proposta de PA, pois entendemos que ações como essa podem instigar processos majoritariamente pontuais, mas deve muito, além disso, capilarizar a necessidade de formação pedagógica permanente, independente da (re)existência dos cursistas em seus cenários de prática educativa.

Área

PRM/PSUS - Preceptoria de Residência Médica / Preceptoria no SUS

Instituições

Hospital Regional do Oeste, Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó-SC, Gerência Regional de Saúde / SDR Chapecó-SC, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó-SC, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Universidad - Santa Catarina - Brasil

Autores

Cláudio Claudino da Silva Filho, Fernanda Karla Metelski, Otília Cristina Coelho Rodrigues, Saionara Vitória Barimacker