PROCESSO DE VALORIZAÇAO DA PRECEPTORIA NO SUS
O projeto aplicativo (PA) surgiu da proposta de levantar os problemas que norteiam a preceptoria no SUS. A atividade foi dividida em três etapas. No primeiro momento foi possível compartilhar as experiências e vivências dos integrantes do grupo, que trouxeram consigo diversos saberes, perspectivas, realidade e expectativas que culminaram na identificação destes problemas.
De acordo com Lima e Rozendo (2015), a preceptoria, assim como o preceptor, inserem-se num contexto de compromisso ético e politico, responsabilidade e vínculo. A preceptoria exige qualificação pedagógica, tanto nos aspectos teóricos quanto práticos. E, por outro lado, Albuquerque (2007) traz em seu estudo, que a preceptoria é uma atividade mediadora entre estudantes e profissionais dos serviços públicos de saúde, construída por meio de uma aprendizagem significativa. No entanto, nesse processo de ensino-aprendizagem existem alguns obstáculos. A priorização dos problemas através da construção de uma matriz decisória (Termo de referência 3 - TR3) e identificação de atores sociais foram as propostas da segunda etapa, onde o grupo elaborou a própria matriz, a qual apresentou como critérios de avaliação a relevância, viabilidade, factibilidade e vulnerabilidade destes, e, no final do preenchimento da matriz, obteve-se o consenso, apesar da divergência de pensamentos e desta forma foi identificado que o problema priorizado é a “Desvalorização dos profissionais preceptores no SUS, em Santo Antônio de Jesus, devido ao despreparo técnico, baixa pró-atividade e poucos incentivos à atividade.”O projeto tem como objetivo sensibilizar os atores envolvidos para a importância da valorização e educação permanente dos profissionais da rede em exercício da preceptoria, com planejamento adequado para as atividades de preceptoria. Para tanto serão necessárias algumas ações, tais como: Planejar as atividades formativas da Educação permanente para preceptores; estabelecer remuneração específica para a atividade de preceptoria; firmar convênios entre serviços e instituições de ensino; selecionar preceptores mediante avaliação de perfil específico para a atividade; implementar a educação permanente para os preceptores no SUS.
No desenvolvimento e implantação do PA a equipe se deparou com alguns desafios, dentre estes destacam-se a dificuldade de sensibilizar os atores envolvidos para a importância da preceptoria no SUS no que tange à valorização dos profissionais que fazem disso uma realidade. Para além dos atores, há também um certo descomprometimento por parte de alguns autores do próprio PA, que, muito embora tenha participado de alguns momentos de sua construção, comportam-se como este fosse apenas uma atividade com fim avaliativo para obtenção do título de especialista.
Os desafios significam para mim obstáculos que me motivam a estabelecer estratégias para melhor enfrentá-los com o objetivo de vislumbrar um futuro melhor no âmbito da saúde pública. Para uma parte da equipe é como se este fosse um trabalho de grupo de uma graduação que parece não ter o objetivo de se concretizar, no entanto, para outra parte é uma oportunidade de participar ativamente da transformação de uma realidade atual. Para a instituição será, com certeza, um marco na saúde pública do município, já que o PA traz consigo o objetivo de fomentar atividades de educação permanente e valorização da preceptoria no SUS.
Desafios surgem para serem encarados. Não participei do PA somente para ter o título de especialista, mas como preceptora que sou e vivo sei das dificuldades encontradas para exercer essa atividade. Contribuo para formar novos profissionais e, para tanto, enfrentarei os desafios, formulando estratégias com o intuito de atingir o sonho de valorização da preceptoria no SUS em Santo Antônio de Jesus - Ba.
PRM/PSUS - Preceptoria de Residência Médica / Preceptoria no SUS
Prefeitura Municipal de Santo Antonio de Jesus - Bahia - Brasil
ROSE ANNE SANTOS VILAS BOAS, JULIANA DE MIRANDA CARDOSO, SAYANE ARAUJO RESENDE, REBECA ARAUJO PASSOS