ANALISE DOS EVENTOS ADVERSOS POS-VACINAÇAO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO ANO DE 2017
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) proporcionou ao país a erradicação e controle de várias doenças que podem ser preveníveis através da vacinação. O número crescente de indivíduos vacinados no país mostra que eventos adversos e reações indesejáveis podem acontecer. Faz-se necessário esclarecer a comunidade que a pessoa não imunizada tem risco bem maior de adoecer, e a informação sobre eventos adversos pós-vacinais devem ser esclarecidas, evitando a diminuição da cobertura vacinal. Objetivou-se neste estudo realizar um levantamento sobre os eventos adversos pós-vacinais no Estado do Rio Grande do Norte, no ano de 2017.
Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado na Secretaria da Saúde do Estado do do Rio Grande do Norte (SESAP/RN), através do Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinais (SI-EAPV). A amostra constou de 552 fichas de notificação de eventos adversos pós-vacinais (EAPV) no ano de 2017.
As vacinas que contribuíram com os maiores percentuais de eventos adversos foram a tetravalente (57,8%), a vacina oral contra poliomielite (3,9%) e a DTP, contra difteria, tétano e coqueluche (2,5%). Em seguida, vacinas contra Rotavírus, com 2,3%; Meningocócica C, com 1,6%; Influenza e Hepatite B, com 0,9%; e BCG e Tríplice Viral, com 0,4%. Os eventos adversos pósvacinais mais notificados durante o período do estudo foram o episódio hipotônicohiporresponsivo (EHH) e a convulsão febril, seguidos de reações benignas e locais, como febre, dores musculares e mal-estar, exantema e enduração local. Os resultados demonstraram que a maioria dos eventos adversos encontrados e notificados neste estudo não foi de natureza grave, comprovando que os benefícios de se receber a vacina e prevenir as doenças superam os riscos de evento adverso provocado por esta, o que comprova que as condutas de contraindicação de doses subsequentes, frente aos eventos que comumente aparecem, devem ser analisadas por pessoas capacitadas, e reservadas apenas para ocorrência de eventos graves.
A partir do estudo, deve-se ainda considerar que a contraindicação de um imunobiológico e, por conseguinte, diminuição na cobertura vacinal, pode levar ao adoecimento de indivíduos não imunizados, apresentando risco para o restante da sociedade, na medida em que os tornam suscetíveis. É importante lançar mão de estratégias de educação em saúde para esclarecer a população sobre os possíveis eventos adversos, bem como as vantagens da vacinação.
eventos adversos; notificação; vacina segura
Controle de Infecção e Vigilância Epidemiológica
SESAP RN - Rio Grande do Norte - Brasil
RENATA GALVÃO DINIZ DO NASCIMENTO E SILVA, KATIUCIA ROSELI SILVA DE CARVALHO, MICHELINE JOSUÁ COSTA MACIEL, ALBA MELO DANTAS, WANESSA MELO BARBOSA