EVENTOS ADVERSOS POS-VACINAÇAO NOTIFICADOS NO MUNICIPIO DE MACEIO: ANALISE DE 2013 A 2017.
Eventos adversos são ocorrências indesejadas ou não intencionais provenientes de medicamento, imunobiológico ou procedimentos realizados na assistência à saúde. No âmbito do serviço em sala de vacina, a administração de imunobiológicos não está isenta de riscos e pode ocasionar eventos adversos pós-vacinação (EAPV), que podem decorrer de componentes da própria vacina, de possíveis erros de técnica e das características do próprio vacinado, sendo importante a notificação e investigação (BRASIL, 2014). O objetivo desse trabalho é analisar a frequência de eventos adversos notificados notificados por imunobiológico no município de Maceió (Alagoas) no período de 2013 a 2017
Trata-se de um estudo quantitativo, documental, retrospectivo, transversal e descritivo. Os dados foram coletados através das fichas de notificação/investigação de EAPV encaminhadas pelas salas de vacina (públicas e privadas) de Maceió de 2013-2017. As variáveis utilizadas foram: evento adverso, imunobiológico, ano de ocorrência. Foram excluídas as fichas com ausência desses dados. Os dados foram digitados em planilha do programa Microsoft Office Excel 2013 e apresentados em tabela e gráfico.
Analisando os dados do Gráfico, o maior número de notificações de EAPV foi relacionado à vacina Pentavalente (difteria, tétano, pertússis, hepatite B [recombinante] e Haemophilus influenzae tipo b [conjugada]), n=153, em segundo lugar, os relacionados às vacinas poliomielite inativada (VIP), n=58, e Rotavírus (n=58), e em terceiro lugar, os decorrentes da vacina BCG (n=48). Como algumas fichas de notificação de EAPV continham mais de uma vacina, o mesmo EAPV foi relacionado a mais de um imunobiológico, resultando em duplicações, por exemplo, no caso das vacinas Pentavalente, VIP e Rotavírus, administradas simultaneamente aos 2 e 4 meses de idade.
É evidente o destaque da vacina Pentavalente na ocorrência dos EAPV, sendo o componente pertussis (células inteiras) o principal responsável (BRASIL, 2014). Contudo, as chances de ocorrer uma complicação grave devido à administração de vacinas são pequenas se comparadas às causadas pelas doenças imunopreveníveis (COSTA; LEÃO, 2015). Dessa forma, a notificação dos EAPV faz-se importante para o conhecimento real da situação epidemiológica do evento adverso na população, o monitoramento e o controle de qualidade dos imunobiológicos licenciados no Brasil e para nortear o planejamento e a implementação de medidas preventivas eficazes para melhoria do serviço ofertado.
Vacinação; Programas de Imunização; Vigilância em Saúde
Controle de Infecção e Vigilância Epidemiológica
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MACEIÓ - Alagoas - Brasil
ALANNA MICHELLA OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE, JULLIANA DANIELLE NASCIMENTO DE VERAS, ELI BORGES DE FREITAS, EUNICE RAQUEL AMORIM LESSA DE VASCONCELOS, NADJA NASCIMENTO DOS SANTOS