IMUNOPROFILAXIA DO VIRUS SINCICIAL RESPIRATORIO COM PALIVIZUMABE EM PORTO VELHO DE 2014 A 2017
O palivizumabe é um anticorpo monoclonal indicado para a prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças prematuras e/ou que tenham diagnóstico de cardiopatias e/ou broncodisplasia pulmonar.
A infecção pelo vírus sincicial respiratório é reconhecida como a mais importante causa de infecção do trato respiratório inferior em lactentes e crianças pequenas no mundo, sendo a principal responsável por hospitalizações durante o inverno no primeiro ano de vida (SÁFADI, 2014).
No Estado de Rondônia, o palivizumbe é aplicado no período de janeiro a junho, correspondendo ao período sazonal de circulação do vírus. O objetivo desse estudo é informar o quantitativo de aplicações que foram realizadas de 2014 a 2017 em Rondônia mostrando que o número de aplicações ainda é muito pequeno em relação ao quantitativo total de crianças que apresentam indicação para receber o medicamento.
O estudo realizado é descritivo e quantitativo por ser a melhor forma de atingir o objetivo desse estudo. Foram contabilizadas as crianças que tomaram o medicamento palivizumabe em Porto Velho de 2014 a 2017 em Rondônia. As indicações utilizadas para contagem foram: prematuridade menor ou igual a 28 semanas, menor que dois anos com doença pulmonar e menor que dois anos com doença cardíaca. Os dados foram tabulados em planilha de excel e analisados estatisticamente.
Os resultados indicam o aumento do número de crianças que receberam o medicamento a cada ano, exceto o ano de 2016, que reduziu entre 2014 e 2017. No ano de 2014, 5 (100%) crianças receberam o medicamento, sendo 4 (80%) menor ou igual a 28 semanas; 01 (20%) menor que dois anos com doença pulmonar. No ano de 2015, 25 crianças no total receberam o medicamento, sendo 14(56%) prematuras, 5 (20%) menor que dois anos com doença pulmonar e 6 (24%) com doença cardíaca. No ano de 2016 foram 12 crianças medicadas, sendo 7 (58,3%) prematuras, 4 (33,3%) menor que dois anos com doença pulmonar e 1 (8,3%) menor com dois anos com doença cardíaca. No dia ano de 2017, foram 27 crianças medicadas, sendo 13 (48,1%) prematuras, 7(25,9%) menor que dois anos com doença pulmonar e 7 (25,9%) com doença cardíaca.
Conclui-se que a importância da aplicação do palivizumabe para prevenção do vírus sincicial respiratório é imprescindível, tendo em vista que a falta de informação pela população, divulgação e preocupação por parte dos pediatras é um fator que requer atenção como modo de prevenção e redução da morbidade e mortalidade causada pelo vírus.
Palivizumabe, Criança, Vírus Sincicial Respiratório
Imunizações
Agevisa - Rondônia - Brasil
Juliana Silva Pinheiro