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XX Jornada Nacional de Imunizações SBIm 2018

XX Jornada Nacional de Imunizações SBIm 2018

Windsor Oceânico Hotel - Rio de Janeiro /RJ | 26 a 29 de Setembro de 2018

Dados do Trabalho


Título

O CURSO DE GRADUAÇAO EM MEDICINA OFERECE ENSINAMENTO SUFICIENTE SOBRE VACINAS?

Introdução

Difundir os conhecimentos sobre imunização é fundamental para enfrentar a recusa vacinal. O objetivo deste estudo foi avaliar o preparo dos alunos de terceiro a sexto ano de uma Escola de Medicina em São Paulo sobre imunizações.

Material e Método

Estudo transversal prospectivo com aplicação de questionário online, após consentimento informado, a alunos do terceiro ao sexto anos de uma escola pública de medicina em São Paulo. As perguntas visavam conhecer a época e a forma de aprendizado em vacinas e a percepção dos alunos sobre o conhecimento adquirido e sua capacidade de enfrentar problemas relacionados ao tema. O projeto foi aprovado pelo CEP institucional.

Resultados

Foram aplicados 143 questionários (47 alunos do 3º ano, 40 do 4º ano, 21 do 5º ano e 35 do 6º ano). Apenas um aluno do 3º ano (0,7%) referiu não ter tido aulas ou seminários sobre o assunto; o número de aulas não variou nos diferentes anos da graduação (p>0,999). Pediatria foi a disciplina onde houve maior oportunidade de discutir o assunto (75,9%) seguida de doenças infecciosas (67,4%) e imunologia (14,9%); tais oportunidades aumentaram com o progredir da graduação. A maior parte dos alunos (64,1%) referiu ter tido de 2 a 5 oportunidades de discutir o assunto durante o curso e apenas 26,8% deles referiu ter discutido mais de 5 vezes, a maioria no 5º e 6º anos. No total, 66,9% dos alunos considerou ter adquirido os conhecimentos básicos de imunizações no curso; entre os alunos do 6º ano, essa taxa foi de 79,4%. Questionados sobre o conceito de imunidade de rebanho, 85.2% afirmaram conhecer. 90,9% dos alunos referiram conhecer os diferentes tipos de vacinas, mas 28,2% deles referiram não conhecer suficientemente o calendário brasileiro de vacinas no primeiro ano de vida, a maior parte deles nos 3º e 4º anos da graduação. Apenas 38,7% dos alunos referiram conhecer o calendário de vacinas para o profissional de saúde. Um pouco mais da metade dos alunos (53,5%) referiu sentir-se capaz de discutir a epidemiologia de algumas doenças preveníveis por vacinas, independente do ano da graduação (p= 0,178). A maioria dos alunos (60,6%) acredita que a cobertura vacinal no Brasil está entre 50% e 80%.

Discussão e Conclusões

Apesar das oportunidades de discutir vacinas em diversas disciplinas, o conhecimento de imunizações ainda é insuficiente. É necessário repensar a forma de introduzir e fixar conceitos com a finalidade de melhorar o empenho do médico na indicação das vacinas e consequente aumento das coberturas vacinais e enfrentamento da recusa vacinal.

Palavras Chave

Ensino médico, Vacinas, Recusa vacinal

Área

Imunizações

Instituições

Escola Paulista de Medicina/ UNIFESP - São Paulo - Brasil

Autores

Luiz Gustavo Perez Vasquez, Regina Célia de Menezes Succi