Dados do Trabalho
Título
DESCRIÇAO DO MONITORAMENTO RAPIDO DE COBERTURAS VACINAS - MRC E VARREDURA POS INTENSIFICAÇAO VACINAL CONTRA A FEBRE AMARELA, MINAS GERAIS, 2017.
Introdução
O Monitoramento Rápido de Coberturas Vacinais (MRC) e a Varredura são estratégias recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações e utilizadas rotineiramente para avaliação e vigilância dos indivíduos vacinados contra uma determinada doença imunoprevenível e busca de indivíduos não vacinados em um determinado local, bairro, cidade e estado e ainda são ações realizadas por meio de visitas casa a casa. Normalmente são utilizados após Campanhas Nacional de Vacinação ou para interrupção de um surto de doença imunoprevenível .
A Febre Amarela é uma doença imunoprevenível e a vacinação está presente no Calendário Nacional de Vacinação desde 1994 e disponível em todas as salas de vacina. É uma doença febril aguda, de curta duração e gravidade variável, se apresenta em duas formas diferentes: a febre amarela urbana e a febre amarela silvestre. A forma silvestre é endêmica em alguns estados brasileiros ocasionando o aparecimento de casos em primatas não humanos (epizootias) seguidas de casos humanos em indivíduos não vacinados (BRASIL, 2010).
Material e Método
Estudo descritivo, com dados primários da proporção de indivíduos vacinados (cobertura vacinal), não vacinados com a vacina contra a febre amarela e os motivos da não vacinação verificados no MRC e Varredura realizado pós intensificação vacinal contra a FA, por Unidade Regional de Saúde (URS) em Minas Gerais no ano de 2017.
Resultados
A cobertura vacinal contra a Febre Amarela alcançou 88,72% no MRC e 92,87% na Varredura em Minas Gerais, das 27 URS, seis atingiram a cobertura adequada de 95% em ambas as estratégias e encontrou-se 24.479 e 4.648 não vacinados respectivamente no MRC e na Varredura.Nos motivos da não vacinação percebeu-se que 43,76% dos não vacinados não responderam (MRC) e o motivo mais encontrado foi "perdeu/sem comprovante"(21%). E na Varredura o motivo de maior registro foi "outros motivos"( 46%).
Discussão e Conclusões
Coberturas insatisfatórias para praticamente todas as URS mesmo após a ocorrência de casos humanos da doença e diversas ações de intensificação vacinal em vários municípios de Minas. Tal fato reforça a importância de persistir a vigilância das coberturas vacinais, aprimorar a disseminação das informações e orientações à sociedade e modificar as estratégias utilizadas na busca dos faltosos e oportunidades perdidas.Para não se ter a reintrodução de doenças imunopreveníveis é necessário que além de se ter coberturas vacinais adequadas, no caso da FA, ≥ 95%, é imprescindível que seja de maneira homogênea entre os municípios.
Palavras Chave
Vigilância, Febre Amarela, Cobertura Vacinal, Monitoramento
Área
Imunizações
Instituições
Secretaria de Estado de Saúde de MG - Minas Gerais - Brasil
Autores
Aline Mendes Vimieiro