Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA VACINAÇAO DE PACIENTES INTERNADOS COM RISCO DE TETANO ENTRE 2009-2018 EM HOSPITAL TERCIARIO DE FORTALEZA

Introdução

O tétano é uma doença infecciosa bacteriana grave e potencialmente fatal causada pela toxina do Clostridium tetani. Segundo o Ministério da Saúde, no período de 2007 a 2016 foram registrados 2939 casos confirmados e 937 mortes. Trata-se de uma doença imunoprevenível, portanto faz-se necessário estudar maneiras eficazes de redução da sua letalidade. Este trabalho tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da profilaxia antitetânica realizada em um Hospital terciário após acidentes com potencial de infecção.

Material e Método

Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido em um hospital da rede pública na cidade de Fortaleza – Ceará. A população do estudo foi composta por pacientes hospitalizados no ano de 2009 a 2018 e como amostra foram selecionados os pacientes (41555) que apresentavam indicação de profilaxia contra o tétano acidental de acordo com as normas de imunização do Programa Nacional de Imunização (PNI) e que foram imunizados pela equipe do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NUHEPI) da instituição. Os dados foram coletados a partir dos registros do NUHEPI, e analisados sob a forma de tabelas. Foram respeitados os aspectos éticos envolvendo pesquisas com seres humanos segundo a Resolução 466/12 do CNS.

Resultados

Em uma análise comparativa entre os dois períodos analisados, 2009-2013 e 2014-2018, manteve-se o predomínio de reforços, com taxa de 86,09%, assim como o grupo de risco permaneceu inalterado com prevalência de 60,62% do sexo masculino na faixa de 15-49 anos. Nos últimos 5 anos, houve redução da complementação de vacinas na população acima de 50 anos quando comparado aos 5 anos precedentes. Houve um aumento total de 7% nos dois períodos comparados.

Discussão e Conclusões

Os dados denunciam que significativa porcentagem da população completa o esquema de vacinação inicial, mas não se mantém na cobertura por desatenção à dose de reforço. Negligência de programas de incentivo a imunoprofilaxia masculina, associada à maior exposição pelas atividades laborais, justifica a permanência do predomínio de tal grupo na análise dos últimos 10 anos. A falha da cobertura vacinal de Fortaleza se mostra no período de 2009-2013 com um aumento de 7% no intervalo quando comparado aos 5 anos posteriores. Tal fato reflete estabilização numa média abaixo do ideal. O tétano acidental ainda persiste como um problema de saúde pública e requer fortalecimento das ações de vigilância e assistência.

Palavras Chave

tétano vacinação epidemiologia

Área

Controle de Infecção e Vigilância Epidemiológica

Instituições

UFC - Ceará - Brasil

Autores

THAÍS MARIA LOPES DE SOUSA, LUCAS ARRUDA QUEIROZ, MARCELO KERVIN REIS FROTA, BRUNO VINÍCIUS DUARTE DE AZEVEDO, MARIANA NOGUEIRA DANTAS, RAFAEL DANTAS SARUBBI, LUCIENE MIRANDA DE ANDRADE