Dados do Trabalho
Título
DESEMPENHO DAS CAMPANHAS DE VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA E OCORRÊNCIA DA DOENÇA EM UM MUNICÍPIO DO RECÔNCAVO BAIANO NO PERÍODO DE 2015 A 2019.
Introdução
As campanhas de vacinação constituem uma estratégia do Programa Nacional de Imunização (PNI), cujo objetivo é ampliar a cobertura vacinal complementando o trabalho de rotina e prevenir ou controlar doenças. A estratégia de vacinação contra o vírus da influenza reduz internações, complicações e mortes.O objetivo deste estudo foi analisar as coberturas vacinais dos grupos alvos da vacina contra influenza e o perfil epidemiológico da influenza, no período de 2015 a 2019.
Material e Método
Trata-se de um estudo de caráter descritivo, quantitativo, utilizando o banco de dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), o Sistema de Informação de Agravos de Notificação Influenza WEB (SINAN Influenza) e o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-GRIPE). Foi analisado a cobertura vacinal da influenza para cada ano, para cada grupo comparando-se com os dados da ocorrência desta doença no município de Santo Antônio de Jesus, Bahia.
Resultados
A cobertura vacinal oscilou entre 56,36% (2015) e 94,97% (2019), com destaque para os anos de 2018 e 2019, pois novos grupos populacionais foram incluídos e beneficiados com a vacina (professores, policiais e bombeiros), porém a significativa adesão ocorreu entre os professores, 148,1%, em 2018 e 107%, em 2019. No período analisado, a cobertura vacinal entre as crianças, esteve abaixo da meta nos anos de 2015 a 2018, porém no ano de 2019 a meta foi atingida, com cobertura de 96,24%. Entre os idosos, a cobertura vacinal variou no período, sendo os anos de 2015 e 2018 os de menores desempenhos, 56,3% e 66,2%, respectivamente, e 2019 o ano de maior cobertura (96,2%). Com relação à incidência de Influenza, foram confirmados 11 casos pelo critério laboratorial, em pacientes com Síndrome Respiratório Aguda Grave (SRAG). Foram identificados os vírus: Influenza A (H1N1) (27,27%); Influenza A (H3N2) (36,36); Influenza A não subtipado (9,09%) e Influenza B (27,27%).
Discussão e Conclusões
Evidenciou-se que, com o passar dos anos, houve um aumento na cobertura vacinal para influenza, mas alguns grupos etários ainda estão com cobertura vacinal distante do ideal. Ainda são necessárias ações que identifiquem vulnerabilidades entre os grupos para o fortalecimento de ações de intervenções. A baixa incidência da Influenza no período estudado, reflete o sucesso das campanhas sendo imprescindível fortalecer as estratégias de imunização bem como as ações de vigilância epidemiológica , para o alcance de altas e homogêneas coberturas vacinais.
Palavras Chave
IMUNIZAÇÃO, INFLUENZA, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Área
Imunizações
Instituições
SECRETARIA DE SAÚDE - Bahia - Brasil
Autores
GRAZIELE SANTOS SANTANA BOMFIM, FLÁVIA SANTANA FREITAS SOUSA, FERNANDA DE OLIVEIRA SOUZA, PALOMA DE SOUSA PINHO, MAICON LUIZ MUNIZ DA SILVA