Dados do Trabalho


Título

ANALISE DE CARTAO DE VACINAÇAO ENTRE TRABALHADORAS/ES DO SETOR SAUDE NA BAHIA

Introdução

Entre as dez prioridades da Organização Mundial da Saúde em 2019, está a relutância em vacinação e, apesar do sucesso reconhecido internacionalmente do Programa Nacional de Imunização, a prevalência de vacinação entre grupos prioritários, ainda permanecem distante do ideal. O calendário de vacinação do adulto prevê vacinação, gratuita, para difetria e tétano, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), febre amarela e hepatite B, além das campanhas anuais para Influenza. O objetivo desse estudo foi analisar a situação vacinal dos/as trabalhadoras/es do setor saúde de Santo Antônio de Jesus.

Material e Método

Estudo transversal, conduzido pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. No mês de março (2019), foi solicitado aos 463 trabalhadoras/es da atenção básica, através da rede de frio e vigilância epidemiológica do município, a cópia dos cartões de vacinação. Até junho (2019), foram analisados e digitados dados referentes a 156 trabalhadoras/es (89,7% de mulheres e 10,3% de homens) vinculados ao serviço. Realizou-se análise descritiva dos dados referentes ao calendário de vacinação, A pesquisa possui aprovação pelo comitê de ética (parecer nº 2.897.062/2018).

Resultados

A prevalência de vacinação completa com as vacinas recomendadas para o adulto pelo Ministério da Saúde foi de apenas 45,4%. Contudo, verificou-se que 78,2% dos trabalhadoras/es possuíam história de vacinação com uma ou duas doses para tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a vacinação para hepatite B, com três doses, esteve prevalente em 80,1% dos cartões analisados e 87,8% das/os trabalhadoras/es, possuíam registro em cartão de vacina, para ao menos uma dose de febre amarela. A menor prevalência de vacinação (64,5%) foi observada para difteria e tétano (a menos de dez anos). Com relação à vacinação para Influenza (mediante campanha), foram registrados apenas 24,4%, no ano de 2017, e 41,7%, em 2018.

Discussão e Conclusões

Entre os trabalhadores da atenção básica e média complexidade de cinco municípios da Bahia em 2012, a completude do cartão vacinal foi percebida em apenas 38,5%. Apesar do discreto aumento encontrado em 2019, percebe-se que a prevalência do cartão completo e atualizado das/os trabalhadoras/es da saúde, ainda estão abaixo do ideal. Assegura-se que é imprescindível a solicitação periódica dos cartões de vacina, pela gestão em saúde, tendo em vista a possibilidade de contato com doenças infecciosas no processo de trabalho destes profissionais.

Palavras Chave

Vacinação, trabalhador da saúde, calendário de vacinação.

Área

Imunizações

Instituições

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Bahia - Brasil

Autores

FERNANDA DE OLIVEIRA SOUZA, GRAZIELE SANTANA BOMFIM, TÂNIA MARIA ARAÚJO, PALOMA DE SOUSA PINHO, FLAVIA SANTANA FREITAS, MAICON MUNIZ