Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DA IMUNIZAÇAO NO BRASIL - ESTAMOS NA DECADA “ANTI-VACINAS”?

Introdução

A imunização, como prevenção primária, é uma intervenção de sucesso ao produzir impacto sobre as doenças imunopreveníveis. O Programa Nacional de Imunização é referência mundial, sendo considerado pioneiro ao incorporar diversas vacinas no calendário vacinal oferecendo-as de forma gratuita a população brasileira. No entanto, a taxa de cobertura vacinal (CV) caiu nos últimos anos, sendo apontado o movimento anti-vacina como causa de tal redução. O objetivo deste estudo é verificar se houve impacto do movimento anti-vacina nos índices de CV no Brasil e no Ceará.

Material e Método

Trata-se de um estudo descritivo, onde é feita a comparação dos dados de CV dos principais imunobiológicos aplicados nas crianças menores de 5 anos, no Brasil e no Estado do Ceará, no período de 2014 a 2018. Os dados foram obtidos por meio dos registros do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações e analisados no programa Excel da Microsoft.

Resultados

Ao analisar a vacina Meningococo C no Brasil, a cobertura era 96,36% em 2014, 110,05% em 2015, 91,68% em 2016, 87,04% em 2017 e 86,12% em 2018. O 1º reforço, apresentou 86,31% (2014), 101,32% (2015), 3,86% (2016), 82,13% (2017) e 79,22% (2018). No Ceará, a cobertura dessa vacina no período de 2014-2018 manteve-se entre 99,66% (2014) e 115,99% (2016). O reforço variou entre 95,39% (2017) e 117,2% (2016). No Brasil, nesse período, a vacina pneumocócica teve variação entre 106,34% (2015) e 91,56% (2017). Ao analisar o 1º reforço, nota-se os seguintes dados: 87,96% (2014), 102,2 (2015), 84,1 (2016), 79,66% (2017) e 79,5% (2018). No Ceará, a variação é de 98,37% (2014) a 119,75% (2016). No reforço, também se manteve com cobertura alta, variando de 96,13% (2017) a 112,13 (2016).

Discussão e Conclusões

Conclui-se que, no Brasil, há redução da cobertura do 1º reforço da poliomielite, pneumocócica e Meningocócica C. No Ceará, há diminuição apenas do 1º reforço da poliomielite, mantendo alta cobertura das outras duas vacinas estudadas. O movimento anti-vacina, embora crescente no mundo, no Brasil, ainda é pequeno, não sendo possível, assim, excluir outras causas, como a falta da devida importância a algumas doenças antes desaparecidas. Assim, é preciso que se divulgue sobre a importância das vacinas na prevenção de doenças a fim de barrar esse movimento, atualmente, tão crescente.

Palavras Chave

Cobertura vacinal; Imunização; Movimento contra Vacinação

Área

Infecções Preveníveis por Imunizações

Instituições

UFC - Ceará - Brasil

Autores

LARICE COSTA LOURENÇO, MICHELE MONTIER FREIRE DO AMARANTE, LUCIANA MENEZES AGOSTINHO, LUANA MENEZES AGOSTINHO, ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO