EPIDEMIOLOGIA DAS FRATURAS DA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO EM ADULTOS
A fratura da extremidade distal do rádio é uma lesão frequente. A distribuição relativa à idade e sexo tem característica bimodal e há o predomínio de fraturas de alta energia em adultos jovens do sexo masculino e fraturas de baixa energia, principalmente por queda da própria altura com a mão espalmada em pessoas idosas do sexo feminino.
Analisar as características dos indivíduos e das lesões encontradas em pacientes com fratura da extremidade distal do rádio.
Análise retrospectiva dos prontuários de 245 pacientes esqueleticamente maduros, entre julho de 2014 e agosto de 2017, verificando o perfil dos pacientes e as características do trauma, da fratura e do tratamento realizado.
Observou-se predomínio de pacientes jovens do sexo masculino que sofreram acidente motociclístico (45 ou 18,4% do total de pacientes) e de idosos do sexo feminino que sofreram queda da própria altura (36 ou 14,7%). A maior parte das fraturas foi do tipo C (159 ou 62,6% das fraturas) da classificação AO. A maioria dos pacientes foi tratada cirurgicamente (190 ou 74,8%), com implante de placa volar (120 ou 63,2% das cirurgias).
A nossa amostra difere da literatura mundial devido ao estudo ter sido realizado em um serviço terciário que atende grande demanda de casos complexos encaminhados por outros serviços da região.
Observamos a prevalência da distribuição bimodal na incidência por idade e sexo. É importante que haja padronização nos estudos epidemiológicos para melhorar a comparação com outros serviços ou países.
epidemiologia; fratura; extremidade distal do rádio
CLÍNICO
Hospital das Clínicas da FMRP-USP - São Paulo - Brasil
Amanda Favaro Cagnolati, Felipe Azevedo Mendes Oliveira, Bruno Santos Vasquez, Hugo Campiolo Boin, Rafael Barra Caiado Fleury, Thiago Agostine Pereira Albany, Ana Lecia Carneiro Leão Araujo Lima, Alex Calderón Irusta, Nilton Mazzer, Claudio Henrique Barbieri