INSTABILIDADE GLENO-UMERAL RECORRENTE NO PACIENTE COM PARALISIA DO PLEXO BRAQUIAL
O paciente é o V J A , atualmente com 40 anos, masculino, funcionário público.
Em 2008 sofreu atropelamento por automóvel, resultando em lesão do plexo braquial Direito, fratura dos ossos da perna bilateral, traumatismo cranio-encefálico. Em 2010, 12 anos após acidente ele procurou o servico e foi enquadrado no nosso grupo.
Naquela época, apresentava as demais lesões tratadas, entretanto ainda sem qualquer abordagem do plexo braquial
Ao exame físico apresentava: - o ombro instável, subluxado, sem qualquer função – o cotovelo sem flexão ativa mas com força de extensão M4 – a mão e o punho com função preservadas
Na ocasiao, considerando-se a ausenca do moviento de flexao do cotovelo e o tempo da lesão que inviabilizava procedimentos neurológicos, optou –se pela transferencia muscular livre, que foi complementada pela transferencia do triceps para biceps.
Em 2013 apresentava o ombro ainda balante, instável, subluxado inferiormente, inclusive dificultando a flexão do cotovelo, sendo indicada a cirurgia de Saha, com transferencia do trapezio superior para deltoide, junto com parte do acromio, com importante melhora da abdução e função do ombro nos primeiros meses, até a falha, com rompimento da reinserção do trapezio.
Com tres meses de pos operatorio houve Perda da abdução ativa, n ovamente com Instabiliade e subluxação inferior do ombro. Realizado então o retensionamento e a reinserção do trapezio ao umero, com alguma melhrora da função mas com subsequente perda.
Em 2014 o paciente apresentava o ombro, portanto, ainda instável mas optou-se por reinvestir no ganho de flexão do cotovelo, que, apesar dos dois procedimentos prévios ainda não apresentava flexão ativa satisfatória, sendo realizada a cirurgia de Steindler. Em 2015 finalmente o paciente apresentou boa força de flexão do cotovelo, (M4) Mas com função do ombro ainda pobre. Neste momento, devido a falta de opcoes à época e à grande motivação do paciente, foi optado, pela artrodese do ombro, transcorrida sem iintercorrencias, fusão em 8 semanas e importante ganho de estabilidade, função e força.
CASO CLÍNICO
IOT HCFMUSP - São Paulo - Brasil
GUILHERME SEVA GOMES, MARCELO ROSA REZENDE, ALVARO BAIK CHO, DANIELE SCARCELLA