SINDROME DO TUNEL DO CARPO BILATERAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A LIBERAÇAO DO NERVO MEDIANO SIMULTANEA E EM DOIS ESTAGIOS POR MEIO DE ANESTESIA LOCAL COM EPINEFRINA
Para que se possa realizar a cirurgia em nível ambulatorial, sem a necessidade do torniquete e da sedação, a técnica de anestesia local com associação de lidocaína e de epinefrina tem se mostrado uma boa opção em pacientes com STC, porém não foi encontrado, na literatura, o uso deste tipo de anestesia em pacientes com patologias bilaterais, em cirurgia das mãos, e que fossem operadas de forma simultânea
comparar os resultados funcionais e de satisfação da liberação do nervo mediano de modo simultâneo e em dois estágios em pacientes com síndrome do túnel do carpo bilateral e nestes, verificar a praticabilidade da técnica de anestesia local com uso de lidocaína associada à epinefrina
estudo prospectivo com análise de dados (DASH, qualidade de vida funcional, retorno às atividades, eletroneuromiografia e satisfação) de 106 pacientes. Divididos em dois grupos, o grupo I foi submetido à cirurgia bilateral simultaneamente e o grupo II ao procedimento em dois tempos cirúrgicos com o uso da anestesia local proposta em ambos.
O DASH, do pré-operatório para pós-operatório apresentou melhora em ambos os grupos, com maior variação no grupo I de 27,1 para 10,1. O retorno às atividades diárias do grupo I foi de 7,39 dias e a média dos dois valores no grupo II foi de 5,66 e a soma foi de 11 ,31. O retorno às atividades laborativas foi de 19,12 dias no grupo I, a média no grupo II foi de 23,95 e a soma de 47,91. Observou-se sangramento mínimo após a incisão de pele em 86,3% não comprometendo o campo cirúrgico. Em 02 casos, foi necessária complementação anestésica
Os dados deste estudo são úteis e colaboram na decisão e planejamento de um procedimento cirúrgico de úteis e colaboram na decisão e planejamento de um procedimento cirúrgico de um paciente que apresenta Síndrome do Túnel do Carpo bilateral
A cirurgia de liberação do nervo mediano para pacientes operados em nível ambulatorial, de modo simultâneo ou em dois estágios, apresenta bons resultados.
Os pacientes operados de STC bilateral apresentam melhora significativa do DASH no pós-operatório. No grupo I, a variação do DASH é melhor.
O tempo de retorno às atividades laborativas é significativamente menor em casos operados simultaneamente.
A técnica de anestesia local com lidocaína e epinefrina é segura e efetiva na hemostasia e no controle da dor em pacientes submetidos à descompressão do nervo mediano bilateral.
síndrome do túnel do carpo, bilateral, cirurgia simultânea, epinefrina, anestesia local
CLÍNICO
Puc de Campinas - São Paulo - Brasil
SAMUEL RIBAK, Flávia Magalhães Nunes, Guilherme S Martins, Tibério V Bezerra, Gustavo P Rosolino , Diogo A Diana, Bruno M Guardia, Alexandre Tietzmann, Helton Hirata, Eduardo L Segura, Tiago Meireles