Dados do Trabalho
Título
PERFIL DE CALCIO, FOSFORO E PTH DOS PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDARIO EM HEMODIALISE EM UM HOSPITAL UNIVERSITARIO
Introdução
O HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO É RESPONSÁVEL PELO AUMENTO DO RISCO CARDIOVASCULAR, ELEVANDO A MORBIMORTALIDADE NOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS PRINCIPALMENTE NA FASE AVANÇADA EM HEMODIÁLISE. O MANEJO CLÍNCO DESSES PACIENTES E A OTIMIZAÇÃO TERAPÊUTICA CONFORME GUIDLINES , TORNAM-SE FUNDAMENTAIS PARA DESACELERAR A PROGRESSÃO DA DOENÇA MELHORANDO A QUALIDADE DE VIDA E SOBREVIDA DESSES PACIENTES.
Material e Método
FORAM AVALIADOS OS PERFIS DE CÁLCIO, FÓSFORO E PTH DE 122 PACIENTES PORTADORES DE HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO QUE ESTAVAM EM HEMODIÁLISE POR PELO MENOS 3 MESES EM NOSSO SERVIÇO DE 2017 E 2018. FORAM COLETADOS EXAMES TRIMESTRALMENTE PARA AS ANÁLISES ESTATÍSTICAS.
Resultados
NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2017 95% DOS PACIENTES POSSUÍAM CÁLCIO ACIMA DE 10, NO ÚLTIMO TRIMESTRE DE 2018 APENAS 5,3 % ESTAVAM COM CÁLCIO ACIMA DO VALOR DE NORMALIDADE, 58% TINHAM CÁLCIO DENTRO DA NORMALIDADE. A MÉDIA DE CALCIO PARA O PERÍODO FOI DE 5,9. NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2017 68% ESTAVAM COM FÓSFORO ACIMA DE 4,5 AUMENTANDO PROGRESSIVAMENTE CHEGANDO A 79% NO ÚLTIMO TRIMESTRE DE 2018, APENAS 18% TINHAM FÓSFORO DENTRO DOS LIMITES DE NORMALIDADE. A MÉDIA DE FÓSFORO PARA O PERÍODO FOI DE 5,6. NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2017 58% TINHAM A RELAÇÃO CAXP ACIMA DE 55, NO FIM DE 2018 36% ATINGIRAM O ALVO DESEJADO , O VALOR MÉDIO PARA O PERÍODO FOI DE 53. NO INÍCIO DE 2017 50% DOS PACIENTES POSSUÍAM PTH ACIMA DE 300 AUMENTANDO PROGRESSIVAMENTE CHEGANDO A 60% NO FIM DE 2018. ESTAVAM ACIMA DE 600 NO INÍCIO DE 2017 25% DOS PACIENTES E NO FIM DE 2018 33%. O PTH ESTAVA ACIMA DE 1000 EM 3% DOS PACIENTES NO INÍCIO DE 2017, CHEGANDO A 15 % NO FINAL DE 2018.
Discussão e Conclusões
NA DRC AVANÇADA O BALANÇO DO FÓSFORO É PERMANENTEMENTE P0SITIVO, SENDO A HIPERFOSFATEMIA, UMA CONSEQUÊNCIA INEVITÁVEL NESSES DOENTES. A PRESENÇA DA HIPERFOSFATEMIA ELEVA O RISCO CARDIOVASCULAR , AUMENTA A MORTALIDADE E CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DE CALCIFICAÇÕES VASCULARES. A HIPOCALCEMIA, HIPERFOSFATEMIA E BAIXOS NÍVEIS DE CALCITRIOL SOMADOS A RESISTÊNCIA ÓSSEA E A AÇÃO DO PTH, LEVAM A HIPERTROFIA E HIPERPLASIA DA GLÂNDULA PARATIREOIDE. CONCLUÍMOS QUE A HIPERCALCEMIA, HIPERFOSFATEMIA E AUMENTO PROGRESSIVO DO PTH FORAM OCORRÊNCIAS MUITO FREQUENTES EM NOSSOS PACIENTES E POUCAS VEZES CONSEGUIMOS ALCANÇAR A META ESTABELECIDA PELO KDIGO. ESTRATÉGIAS FARMACOLOGICAS E NÃO FARMACOLÓGICAS DEVERÃO SER REVISTAS A FIM DE ESTIPULAR UM PLANO TERAPÊUTICO MAIS ADEQUADO PARA O NOSSO PERFIL DE PACIENTES E MELHORAR A QUALIDADE DO ATENDIMENTO.
Palavras Chave
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO, DOENÇA RENAL CRÔNICA, HEMODIÁLISE
Área
Doença Renal Crônica
Instituições
HUSF - São Paulo - Brasil
Autores
GISELE LINS ANTUNES, BRUNA BELLOTTO, JAMES PATRICK CICERO OLIVEIRA BERSANO, KAREN LIZBETH BEINGOLEA VILLARROEL, ALEXANDRE TOLEDO ARREBOLA