Título

CATETER TRANS-HEPATICO: UMA ALTERNATIVA PARA PACIENTES DIALITICOS COM FALENCIA DE ACESSO

Introdução

Um adequado acesso vascular é essencial para uma diálise eficiente.​ Pacientes que dependem de cateteres para hemodiálise estão sujeitos a maiores riscos de infecção e tromboses venosas e,​ em diversas situações, essas tromboses inviabilizam a passagem de acessos vasculares em territórios usuais (veias jugulares e femorais).​ A via trans-hepática é uma opção nesses casos, porém são raros os relatos na literatura sobre este tipo de acesso vascular.​

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Material e Método

Todos os cateteres foram implantados em situações de falência de acesso vascular e peritoneal pela equipe da radiologia intervencionista. Os seguintes desfechos foram avaliados: retirada por ruptura do cateter, infecção ou fluxo inadequado. Dados são expressos como média ± desvio padrão ou mediana e percentis (25;75).

Resultados

6 pacientes (5 homens e 1 mulher) com idade média à inserção de 45,3 ± 13,8 anos foram submetidos a 22 implantes de cateteres de hemodiálise trans-hepático. O tempo em hemodiálise da inserção do primeiro cateter foi 127 ± 95 meses. A mediana da sobrevida dos cateteres foi de 293 (24; 351) dias e a do uso da via trans-hepática por paciente foi de 606 (285; 1500) dias. Foram observadas complicações em 18 acessos, sendo elas: ruptura de cateter (17 %), infecção (22%), fluxo inadequado (61%). A falência primária, considerada até 30 dias, foi de 32%.

Discussão e Conclusões

A maior parte dos pacientes encontrava-se em programa de diálise por muitos anos, porém detectamos falência de via de acesso vascular em pacientes com pouco tempo no programa de hemodiálise, indicando a necessidade de medidas preventivas. O acesso trans-hepático é uma alternativa viável para pacientes com falência de acesso vascular, podendo prolongar a sobrevida do mesmo em diálise por quase 2 anos.

Palavras Chave

cateter trans-hepático; falência de acesso; acesso vascular; doença renal crônica; hemodiálise

Área

Doença Renal Crônica