Título

ANGINA DE LUDWIG EM PACIENTE POS-TRANSPLANTE RENAL: RELATO DE CASO

Introdução

A angina de Ludwig é uma celulite agressiva, frequentemente originada de uma infecção odontológica que se dissemina rapidamente pelos espaços submandibular, sublingual e submentoniano bilateralmente, podendo culminar com obstrução das vias aéreas, sendo potencialmente fatal. Neste relato descreveremos a evolução de uma transplantada renal há 6 anos, que apresentou angina de Ludwig. Paciente, feminino, 58 anos, em uso: tacrolimo, micofenolato sódico e prednisona. Creatinina estável em 1,2 mg/dL. Queixou-se de dor, abaulamento e hiperemia submandibular bilateral há 6 dias após trauma em face e dor de dente iniciada cerca de 5 dias antecedendo o trauma. Na admissão, apresentava febre, trismo, disfagia, desconforto respiratório em decúbito dorsal e dentes em mau estado de conservação. Evoluiu com edema e hiperemia de face, que se estendeu até para pescoço e terço médio de tórax bilateralmente. Tratou por 27 dias (ceftriaxone e clindamicina associado à oxacilina; transicionado para amoxicilina com clavulanato). Após 6 dias de internação fez extração dentária. Fez drenagem de abscesso e desbridamento de tecidos desvitalizados por duas vezes (07 e 11 dias após admissão), com enxertia cutânea em região cervical (área doadora: coxa esquerda).

Material e Método

relato de caso

Resultados

Não houve piora de função renal e a paciente se manteve estável hemodinamicamente, sendo mantida a imunossupressão. Após as intervenções cirúrgicas houve resolução completa do quadro, mantendo seguimento ambulatorial.

Discussão e Conclusões

Concluímos que, apesar da morbidade e mortalidade frequentemente associada à Angina de Ludwig (principalmente em pacientes imunossuprimidos), o seu reconhecimento clínico precoce aliado à antibioticoterapia e intervenção cirúrgica efetivas, foram primordiais para um desfecho favorável.

Palavras Chave

angina de Ludwig, celulite, rim transplantado, imunossupressão.

Área

Transplante