Dados do Trabalho


Título

COMPOSIÇAO CORPORAL, ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPIDICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA RENAL CRONICA SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL.

Introdução

O transplante renal é considerado o melhor tratamento para o estágio final da doença renal crônica (DRC), mas apesar de seus benefícios, está atrelado ao uso de medicamentos que podem acarretar algumas alterações, como, por exemplo, aumentar o risco de dislipidemias, diabetes mellitos e doenças cardiovasculares, provocando modificações no estado nutricional dos pacientes.

Material e Método

Foi realizado um estudo transversal retrospectivo, de caráter quantitativo, realizado com pacientes pediátricos com faixa etária de 2 a 15 anos, de ambos os sexos, transplantados renais e acompanhados por mais de 3 meses pelo Serviço de Nutrição de um hospital de referência no Nordeste do Brasil, entre setembro de 2018 a fevereiro de 2019. Foram analisados dados sócio demográficos, etiológicos, antropométricos e bioquímicos, coletados durante as consultas ambulatoriais na Instituição. Utilizou-se o programa SPSS versão 13.0 para a análise dos dados.

Resultados

Foram analisados 20 pacientes, dos quais 55% eram do sexo masculino, com idade média de 8 anos e mediana no tempo de transplante de 20 meses. Segundo a estatura (A/I), 80% dos pacientes apresentaram-se abaixo da faixa ideal e no Índice de Massa Corporal, 70% eutrofia, porém quando relacionado ao perfil lipídico, esses dados não foram positivos. A albumina se mostrou pertinente ao diagnóstico do estado nutricional quando comparado aos parâmetros antropométricos: Circunferência do braço (CB) e circunferência muscular do braço (CMB), (p=0,035). Foi visto uma correlação estatisticamente significante inversamente proporcional entre os níveis de hemoglobina e hematócrito e os níveis ureia e creatinina. Entretanto, a relação entre colesterol, triglicerídeo, glicose e ácido úrico foi proporcional ao aumento dos níveis de LDL, com níveis de significâncias estatísticas (p=0,001), (p=0,001), (p=0,004) e (p=0,003), respectivamente.

Discussão e Conclusões

Apesar de ser o parâmetro mais utilizado na avaliação do estado nutricional, o IMC não se mostrou um bom indicador de risco metabólico, sendo mais fidedigno considerar outros parâmetros antropométricos os exames bioquímicos, estes últimos também eficientes para avaliar o risco metabólico. Níveis aumentados de ureia e creatinina são indicadores de diminuição da função renal, e foram atrelados a redução das quantidades séricas de hemoglobina e hematócrito.

Palavras Chave

Palavras-chave: Composição corporal, estado nutricional, doença renal crônica, transplante renal.

Área

Multiprofissional: Nutrição

Instituições

Faculdade Pernambucana de Saude - Pernambuco - Brasil

Autores

MIRELLA MIRELLA LEAL MIRELLA LEAL, Pollyanna de Araujo Matter, Carolina Beatriz da Silva Souza , Derberson José do Nascimento Macêdo