Título

RASTREAMENTO DE FATORES DE RISCO PARA DOENÇA RENAL CRONICA EM EVENTO DO DIA MUNDIAL DO RIM 2019 EM FORTALEZA, CEARA

Introdução

A incidência de Doença Renal Crônica (DRC) vem aumentando, e, com ela, a necessidade de rastrear seus fatores de riscos. O Dia Mundial do Rim (DMR) tem a missão de elevar a conscientização sobre a alta frequência de doenças renais e elaborar estratégia de prevenção. Esse estudo objetivou rastrear os principais fatores de risco associados à DRC em parte da população de Fortaleza.

Material e Método

No DMR 2019, em Fortaleza, foi realizado rastreamento de fatores de risco para DRC na população transeunte em praça da cidade. Membros de ligas acadêmicas de cursos de graduação em medicina da cidade organizaram-se em 5 estações: questionário sobre dados pessoais e comorbidades, medidas corporais e cálculo de IMC, aferição de pressão, glicemia e aconselhamento. Agrupou-se em tabela os dados coletados e calculou-se suas frequências absoluta e relativa.

Resultados

Entrevistou-se 101 pessoas, com idade média de 54 anos(DP=15,7), sendo 79,2%(n=80) homens e 20,8%(n=21) mulheres; 65,3%(n=66) pardos; 19,8%(n=20) brancos; 13,8%(n=14) negros e 0,09(n=1) asiáticos. Segundo relatos, 28,7% do total(n=29) tinham HAS; 12,8%(n=13), DM; 7,9(n=8) HAS e DM; 15,8%(n=16), dislipidemia; 8,9%(n=9) relataram doença renal; 7,9%(n=8) referiram litíase renal prévia; 5,9%(n=6) tinham doença cardiovascular; 2,9%(n=3) tinham histórico de AVC; 11,8%(n=8) relataram proteinúria. Ademais, 14,8%(n=15) referiram uso de drogas nefrotóxicas; 14,8%(n=15), uso de drogas ilícitas, e 27,7%(n=28) eram tabagistas. Ainda, 45,5%(n=46) alegaram fazer atividade física. Notou-se história familiar de HAS, DM e DR em, respectivamente, 59,4%(n=60), 46,5%(n=47) e 15,8%(n=16) das pessoas. A PAS média encontrada foi 130 mmHg(DP=16,7); PAD média, 80 mmHg(DP= 10); peso médio, 69 kg(DP=14,3); altura média, 1,63 m(DP=0,07); IMC médio, 25,6 kg/m2(DP=4,87); circunferência abdominal média 93,4 cm(DP=12,8) e glicemia capilar média, 110,2 mg/dL(DP=58,5).

Discussão e Conclusões

Identificar a DRC em seu início possibilita intervenções para alterar curso natural da doença e reduzir mortalidade precoce. O rastreio de fatores de risco na população permite promover acompanhamento de indivíduos com maior fragilidade a desenvolver DRC, possibilitando diagnóstico e tratamento precoces. Os entrevistados que apresentaram fatores de risco foram aconselhados a buscar mudanças no estilo de vida e auxílio médico. Portanto, este estudo rastreou fatores de risco para DRC em parte da população de Fortaleza e, assim, auxilia no plano de estratégias de prevenção e tratamento dessas comorbidades.

Palavras Chave

Dia Mundial do Rim, Doença Renal Crônica, Fatores de Risco

Área

Ligas Acadêmicas