Dados do Trabalho


Título

MONITORAMENTO DE PRESCRIÇAO MEDICA EM PACIENTES COM INJURIA RENAL AGUDA (IRA)

Introdução

Dentre as medidas que podem minimizar os custos e complicações associadas à Injúria Renal Aguda (IRA), destaca-se o acompanhamento farmacoterapêutico, que pode auxiliar na adequação de doses de medicamentos e evitar nefrotoxicidade. O objetivo do trabalho é acompanhar e intervir na correção de drogas das prescrições médicas de pacientes com IRA.

Material e Método

Estudo longitudinal de acompanhamento farmacoterapêutico realizado entre outubro/2018 a março/2019, em que foram analisadas as prescrições de pacientes que evoluíram com IRA durante a internação. Os pacientes com IRA foram identificados através dos critérios KDIGO por um algoritmo automatizado de busca de resultados de creatinina sérica. Após identificação de um paciente com IRA era emitido um alerta no prontuário médico e uma sugestão de protocolo de cuidados nestes pacientes. Uma farmacêutica clínica era responsável pela análise das prescrições e intervenções farmacêuticas junto à equipe médica. Os pacientes KDIGO II e III eram acompanhados diariamente e os KDIGO I a cada 48 horas.

Resultados

Durante o período foram analisadas prescrições de 1186 pacientes com IRA. Destes, 187 (15,7%) necessitaram de intervenção farmacêutica. As intervenções foram realizadas em 76 pacientes KDIGO I, 33 pacientes KDIGO II e em 78 pacientes KDIGO III.O total de intervenções realizadas foi de 289 e ajuste de dose de medicação foi a mais prevalente (242/83,7%). As drogas que necessitaram intervenção foram: antimicrobianos (204/70,5%), ranitidina (29/10,2%), enoxaparina (24/8,3%), omeprazol (7/2,4%) e outras drogas (25/8,6%). Os antibimicrobianos em que foram realizadas mais intervenções foram: meropenem (37/18,1%), vancomicina (34/16,6%), cefepime (25/12,2%), aminoglicosídeos (25/12,2%), polimixina (24/11,7%) e levofloxacina (22/10,7%).
A taxa de aceitação das intervenções farmacêuticas foi de 78,2%.

Discussão e Conclusões

A implantação de um alerta eletrônico de IRA e o acompanhamento farmacêutico são estratégias de intervenção precoce que podem acarretar melhora no atendimento de pacientes com IRA.

Palavras Chave

Injúria Renal Aguda, Farmácia Clínica, Nefrotoxicidade

Área

Lesão Renal Aguda

Instituições

Disciplina de Nefrologia, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto / Hospital de Base - São Paulo - Brasil

Autores

Bianca Ponte, Ana Carolina Nakamura Tome, Helga T Agostinho, Karise Fernandes Santos, Maurício Nassau Machado, Mário Abbud-Filho, Rodrigo José Ramalho, Emerson Quintino Lima