Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇAO DA PARATIREOIDECTOMIA EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS: IMPACTO SOBRE O METABOLISMO OSSEO E FUNÇAO RENAL
Introdução
O hiperparatireoidismo (HPT) persistente em pacientes transplantados renais é comum e tem desfechos indesejados como alteração da função renal e alterações ósseas. O tratamento de escolha é a paratireoidectomia (PTX), com boa evolução, porem há controvérsias se o procedimento pode piorar a função renal.
Material e Método
Foram avaliados retrospectivamente 115 pacientes (60,9% homens, ± 50 anos) transplantados renais adultos submetidos à PTX durante o período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, com seguimento de 2 anos. Foram excluídos pacientes com dados laboratoriais incompletos em >50% dos tempos do estudo.
Resultados
O tempo médio entre o transplante renal e a PTX foi de 27 meses, e a técnica cirúrgica mais realizada foi a PTX total com auto implante (77%) . Observamos queda no PTH e normalização cálcio iônico, fósforo e fosfatase alcalina logo no primeiro mês de pós operatório. Houve diminuição da função renal precocemente, não havendo recuperação da função renal pré PTX. Em análise posterior, dividindo os pacientes de acordo com a função renal basal (CPK-EPI>60 e CPK-EPI<60), a função renal não se alterou no grupo CPK-EPI<60 e piorou no grupo CPK-EPI>60.
Discussão e Conclusões
A PTX é uma cirurgia eficaz e promove normalização do osteometabolismo. Ocorre uma piora da função renal em pacientes com CKD-EPI > 60ml/min. Estudos prospectivos com marcadores de lesão e avaliação da função renal com métodos mais robustos são necessários para esclarecimento das causas efetivas desta diminuição da função renal após PTX.
Palavras Chave
PARATIREOIDECTOMIA , TRANSPLANTADOS, FUNCAO RENAL
Área
Doença Renal Crônica
Instituições
Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini - São Paulo - Brasil
Autores
Camila Simone Olmos, Lillian Andrade Rocha