Dados do Trabalho
Título
FATORES DE RISCO PARA FUNÇAO TARDIA DO ENXERTO (FTE) EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL DE DOADORES FALECIDOS.
Introdução
A necessidade de diálise na primeira semana do transplante define a função tardia do enxerto e impacta negativamente a sobrevida do enxerto. Diversos parâmetros podem influenciar essa condição. Esse trabalho teve como objetivo identificar fatores de risco relacionados a FTE na população de receptores de transplante renal de doadores falecidos em um centro único.
Material e Método
Estudo de coorte com todos os receptores de transplante renal transplantados entre Jan/14 e Dez/15 em centro único (n=1221). Nessa análise a população foi dividida em 2 grupos: pacientes que apresentaram função tardia do enxerto (n=839) e pacientes sem função tardia do enxerto (n=382).
Resultados
As características demográficas distintas entre os grupos foram gênero masculino do receptor (65 vs. 58%, p= 0,028) e idade do doador (48 ±14 vs. 45 ± 16 p=0,000). Tanto a creatinina sérica final do doador (2.5 ± 1.8 vs. 1.7 ± 1.8, p=0,000) quanto o tempo de isquemia fria (25 ± 6.7 vs. 23 ± 6.7, p= 0,000) também foram diferentes entre os grupos. Uma análise de múltiplas variáveis confirmou a influencia da idade do doador (1,015,[1,006-1,025]), creatinina final do doador (1,384, [1,260-1,521]), e tempo isquemia fria (1,045, [0,575-0,968]) como fatores para FTE.
Discussão e Conclusões
Em receptores de transplante renal com doador falecido submetidos ao procedimento entre jan/14 e dez/15, em um centro único, a incidência de FTE foi de 68,7%. Nessa população os fatores de risco identificados para FTE foram: idade do doador, creatinina final e tempo de isquemia fria.
Palavras Chave
função tardia do enxerto
receptores de transplante renal
doadores falecidos.
Área
Transplante
Instituições
Hospital do Rim - São Paulo - Brasil
Autores
Suzana Poleto, Yasmin Dreige, Caio Zito, Monica Nakamura, Laila Viana, Marina Pontello Cristelli, Helio Tedesco Silva, Jose Medina Pestana