Dados do Trabalho
Título
CARACTERIZAÇAO CLINICO-EPIDEMIOLOGICA DOS PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA DO HOSPITAL UNIVERSITARIO DE SALVADOR (BAHIA)
Introdução
A doença renal crônica (DRC) consiste na perda progressiva e irreversível da função renal, cuja eliminação de produtos de degradação metabólica do organismo encontra-se comprometida, causando repercussões sistêmicas. Na fase terminal da doença, quando os rins são incapazes de manter o controle do meio interno, torna-se necessária a terapia renal substitutiva (TRS) para depuração sanguínea. A doença configura-se como um problema de saúde pública, pois além dos custos, reduz a qualidade de vida dos portadores. Diante disso, objetivamos identificar o perfil clinico-epidemiológico dos pacientes submetidos a TRS (hemodiálise) no Complexo HUPES entre 2016-2017.
Material e Método
Trata-se de série de casos de pacientes em hemodiálise (HD), acompanhados no serviço de Diálise do Complexo HUPES no período descrito. Os dados foram coletados a partir de consulta nos prontuários dos pacientes arquivados na Instituição e registrados em ficha específica. Critérios de Inclusão: Pacientes inscritos no Serviço de Nefrologia do Complexo HUPES no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2017. Os dados obtidos serão analisados estatisticamente, de modo descritivo, através de programa específico para cálculo de medidas de frequência ou através do software Excel (Microsoft; Redmond, WA). Esta pesquisa foi aprovada pelo CEP da unidade.
Resultados
Foram estudados 52 pacientes, sendo predominante o sexo feminino (54%). Com relação as comorbidades, destaca-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS), presente em 79% dos casos e Diabetes Mellitus (DM) em 38% dos pacientes. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e outras patologias aparecem na sequência, em 21% e 8% respectivamente. Quanto aos métodos terapêuticos, 55% foram submetidos a alteração da terapia renal substitutiva durante o período. Com relação ao tipo de saída, 19% dos pacientes evoluíram para o óbito, 10% foram transferidos para outros serviços do estado e 2% foram submetidos a transplante renal. Os demais permaneceram acompanhados no serviço.
Discussão e Conclusões
A associação de DM e HAS, foram os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento da DRC na unidade. Destaca-se, entretanto, a elevada prevalência do diagnóstico de LES, possivelmente em função do serviço analisado ser unidade de referência no estado. O conhecimento do perfil epidemiológico em nível local, poderá contribuir para a formulação de estratégias de prevenção e minoração de agravos decorrentes da DRC no nosso estado.
Palavras Chave
Doença Renal Crônica, Fatores Epidemiológicos, Hemodiálise
Área
Doença Renal Crônica
Instituições
Universidade Federal da Bahia - Bahia - Brasil
Autores
Lucas Santos Andrade, Heitor Cerqueira Veloso, Lucas Dupuy Lôme, Maria Ermecilia Melo