Título

DIA MUNDIAL DO RIM: COMPARAÇAO ENTRE CAMPANHAS REALIZADAS PELA LIGA ACADEMICA DE NEFROLOGIA EM 2011 E 2019

Introdução

Identificar os fatores de risco e o diagnóstico precoce otimizam os cuidados evitando o aparecimento e progressão da doença renal crônica (DRC), proporcionando melhor qualidade de vida e redução de morbimortalidade. Este estudo tem os objetivos de comparar resultados das campanhas do Dia Mundial do Rim (DMR) de 2011 e 2019 realizados pela Liga Acadêmica de Nefrologia; analisar o impacto das campanhas nos diagnósticos de fatores de risco e encaminhamentos aos ambulatórios

Material e Método

Estudo clínico retrospectivo, comparando resultados obtidos nos mutirões do DMR em 2011 e 2019 no campus da universidade. Houve captação dos voluntários, coleta de dados pela ficha padrão da SBN (2010) e termo de consentimento assinado. Realizado coleta de dados antropométricos, glicemia capilar e análise da urina pelos alunos da enfermagem. Em seguida encaminhados para avaliação dos resultados e orientação pelos alunos da medicina e médicos nefrologistas. Após análise foram encaminhados ao ambulatório de nefrologia os que possuíam fatores de risco elevado para DRC (hipertensão e diabetes) e aqueles com alterações no sedimento urinário (hematúria e/ou proteinúria). Os resultados foram descritos em medias, desvio padrão e porcentagens.

Resultados

Em 2019 foram 83 voluntários, em relação aos 168 de 2011. Em 2019, maior prevalência de mulheres 71,1% vs 53% em 2011, com idade de 32,3±11,3 anos em 2011 e 39,0±16,5 anos em 2019. Na campanha de 2011 houve mais alterações do sedimento urinário; 27,9% com proteinúria (n=32), 12,5% hematúria (n=9) e 23,5% com ambas as alterações (n=8), em 2019 apenas 6% com proteinúria (n=5) e 4,8% hematúria (n=4). Houve aumento dos fatores de risco na campanha de 2019: 65,1 % sedentários; 65% com IMC>25; 50% com aumento circunferência abdominal (n=36) e 12% fumantes. Em 2011: 47% sedentários; 52,9% com IMC>25; 26,4% com circunferência abdominal aumentada (n=9) e 8,8% fumantes. Em 2011, 20,5% referiam ter doença renal (n=7) e 15,1% hipertensão (n=5) enquanto em 2019 4,8% (n=4) e 26,5 % respectivamente. Quanto aos encaminhamentos para nefrologista: 17% em 2011 e 24,09% em 2019.

Discussão e Conclusões

Houve semelhanças nas características dos voluntários das duas campanhas predomínio de jovens, sexo feminino e hipertensos. Mais alteração urinária em 2011, porem mais fatores de risco e encaminhamentos em 2019. O rastreamento da DRC nos mutirões permitiu identificar fatores de risco e intervir no planejamento de estratégias para tentar retardar ou mesmo evitar o aparecimento da DRC.

Palavras Chave

doença renal crônica, dia mundial do rim, epidemiologia, mutirão, liga acadêmica