Dados do Trabalho
Título
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO DIALÍTICO
Introdução
O emprego do espaço como variável de estudo para o entendimento da ocorrência e distribuição das doenças na população precede a implantação da epidemiologia como disciplina cientifica. Os primeiros estudos já utilizavam a caracterização de espaço. A compreensão de que determinadas enfermidades sucediam nesta ou naquela localidade é antiga.
Objetivou-se verificar a distribuição espacial de pacientes renais crônicos em tratamento dialítico atendidos em um serviço de nefrologia de referência para os municípios da 9ª. Regional de Saúde do Estado do Paraná.
Material e Método
Pesquisa transversal, realizada com base em informações obtidas no banco de dados do referido serviço, compreendendo o período de fevereiro a abril de 2018.
Resultados
Dos 262 pacientes, de ambos os sexos, em tratamento dialítico, 77,1% (n=202) residem no município de Foz do Iguaçu, 6,9% (n=18) em São Miguel do Iguaçu, 6,10% (n=16) em Medianeira, 4,6% (n=12) em Santa Terezinha de Itaipu, 1,5% (n=04) em Matelândia, 1,5% (n=04) em Serranópolis do Iguaçu, 1,15% (n=03) em Missal, e 1,15% (n=03) em Itaipulândia. Ao analisar o número de casos a cada mil habitantes observa-se 0,85 casos em Serranópolis do Iguaçu, 0,76 casos em Foz do Iguaçu, 0,66 casos em São Miguel do Iguaçu, 0,53 casos em Santa Terezinha de Itaipu, 0,35 casos em Medianeira, 0,29 casos em Itaipulândia, 0,27 casos em Missal, e 0,23 casos em Matelândia.
Discussão e Conclusões
O serviço campo de estudo, de caráter privado, é prestador de serviço especializado para o SUS na 9ª Região de Saúde, a qual abrange 9 municípios, e tem Foz do Iguaçu como sede. Destes, apenas Ramilândia não possui pacientes em tratamento dialítico. Serranópolis do Iguaçu e Foz do Iguaçu destacam-se com os maiores números de casos por mil habitantes, sendo o primeiro o menos populoso e o segundo o mais populoso dentre os municípios que apresentaram casos da doença em tratamento de hemodiálise.
Existe importante diferença entre os municípios no número de casos por mil habitantes, apontando a necessidade, por parte de alguns destes, da Atenção Básica inserir em sua rotina de trabalho medidas de prevenção e combate a progressão da doença renal crônica nos grupos de risco.
Palavras Chave
Epidemiologia; Geografia; Hemodiálise.
Área
Doença Renal Crônica
Instituições
Unioeste - Paraná - Brasil
Autores
Ederson Pereira