Dados do Trabalho


Título

ALTERAÇOES GLICEMICAS E PRESSORICAS COMO PREDITORAS DE LESAO RENAL AGUDA EM PACIENTES CRITICOS

Introdução

Apesar do avanço na ciência, o Diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica se destacam como condições crônicas prevalentes de difícil controle, especialmente em países em desenvolvimento. A variabilidade glicêmica é frequentemente vivenciada na unidade de terapia intensiva, uma vez que a resposta ao estresse é complexa e dinâmica, tornando um desafio o controle seguro e eficaz da glicemia. A hipertensão não controlada culmina em enormes custos para a saúde pública, aumentando o risco de insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio e doença renal. Portanto, este estudo teve como objetivo descrever as repercussões das variações glicêmicas e pressóricas de pacientes hipertensos e diabéticos.

Material e Método

Estudo quantitativo, descritivo e exploratório, com amostra de 14 pacientes internados na unidade de terapia intensiva, selecionados por conveniência. Utilizou-se um questionário estruturado para a coleta de dados. Considerou-se significativo resultado com p < 0,05.

Resultados

78,5% dos pacientes eram hipertensos e 43% diabéticos. O período de internação compreendeu 66±84 dias e o período de ventilação mecânica foi de 70±95 dias. O Acute Physiology and Chronic Health Disease Classification System II (APACHE II) de 26±4 sinalizou a gravidade dos pacientes. Durante o período de internação, a lesão renal aguda se destacou entre os diagnósticos médicos, alcançando 21,4% dos casos. Os antibióticos foram a única classe farmacológica administrada em todos pacientes. Glicemia capilar, tempo de internação e de ventilação mecânica se associaram significativamente ao pior desfecho/óbito (p ≤ 0,05).

Discussão e Conclusões

A importância do controle glicêmico e das variáveis hemodinâmicas, para melhor prognóstico dos pacientes em condição crítica, destacou-se entre os resultados encontrados. Valores glicêmicos alterados apresentaram-se diretamente relacionados ao pior desfecho. Uma importante repercussão das alterações glicêmicas e pressóricas se associou ao risco de lesão renal aguda, que é reconhecida como fator de risco independente para maior morbimortalidade entre os pacientes portadores de DM e HAS.
Conclui-se que, a inexistência de um controle seguro e eficaz da glicemia conduziu os pacientes ao pior desfecho/óbito. Destaca-se a participação do enfermeiro não apenas para controlar as oscilações glicêmicas, mas também proporcionar um cuidado seguro e auxiliar a tomada de decisão, a fim de aumentar a sobrevida do paciente e garantir uma assistência eficaz e de qualidade.

Palavras Chave

Glicemia; Hipertensão; Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva; Avaliação em Saúde; Mortalidade.

Área

Multiprofissional: Enfermagem

Instituições

Universidade de Brasilia - Distrito Federal - Brasil

Autores

LETICIA FELIPE FELIPE FELIX, BRUNA ALVES BAPTISTA, JOSIANE MARIA OLIVEIRA DE SOUZA, TAYSE TAMARA DA PAIXAO DUARTE, MARCIA CRISTINA DA SILVA MAGRO