Dados do Trabalho
Título
PREVALENCIA DE INSUFICIENCIA RENAL E MODALIDADES DE HEMODIALISE APLICADAS AVALIADAS EM 3042 PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDIACA NO ANO 2017 QUE DESENVOLVERAM SEPSE E/OU CHOQUE SEPTICO DURANTE A INTERNAÇAO
Introdução
As infecções hospitalares (sepse, choque séptico) apresentam alta morbi-mortalidade. Um fator que corrobora para este desfecho é a necessidade de terapia de substituição renal (TRS), geralmente uma consequência do quadro clínico. Quando ocorrem em pacientes de pós-operatório de cirurgias de médio e grande porte, apresentam alta letalidade.
Material e Método
Análise retrospectiva de 3042 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca no ano de 2017, sendo que:
- Dividiu-se os pacientes em 4 grandes grupos: Revascularização do miocárdio isolada (RM), Revascularização do miocárdio associada a outro procedimento, trocas ou plastias de valvas e correção de aneurisma de aorta ascendente.
- Verificou-se a prevalência de sepse e choque séptico entre os grupos. Nestes grupos avaliou-se a porcentagem dos pacientes que necessitaram de TRS e sua modalidade.
Resultados
- Constatou-se que a prevalência de sepse e choque séptico foi de, respectivamente:
*RM 2,18% x 1,09%, RM associada 3,95% x 1,32%, Valvar 4,61% x 2,3%, Aorta 3,12% x 0,25%.
- Quanto a necessidade de TRS dentro destes 4 grupos de tipos de cirurgia e sua modalidade foi de, respectivamente:
- No paciente com Sepse como “start” infeccioso inicial:
*RM 50% com necessidade de TRS, sendo 17,6% foram com Prisma, 58,9% com Hemodiálise convencional (HD) e 23,5% com Hemodiálise estendida (HDE). RM associado 50% com necessidade de TRS, sendo 75% com (HD) e 25% com HDE. Nos Valvares 66,8% com necessidade de TRS, sendo 37,5% com HD, 20,8% com Prisma e 41,7% com HDE. Nos pacientes submetidos à correção de aneurisma de aorta, 60% com necessidade de TRS, sendo 66,6% com HD e 33,4% com Prisma.
- No paciente com Choque séptico como “start” infeccioso inicial:
*RM 100% com necessidade de hemodiálise (todos foram com Prisma), RM associado também 100% necessitaram de TRS (todos com Prisma), nos Valvares 100% com necessidade de TRS, sendo 80% com Prisma e 20% com HDE. Já nos pacientes submetidos à correção de aneurisma de aorta ascendente 50% com necessidade de TRS, sendo 50% com Prisma e 50% com HDE.
Discussão e Conclusões
Conclui-se neste trabalho, pioneiro na análise da prevalência de insuficiência renal e da modalidade terapêutica de substituição renal em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, divididos nos 4 grandes grupos utilizados neste Serviço, que quanto maior a complexidade cirúrgica e que quanto pior o “start” infeccioso, maior a indicação de TRS, mais complexa e onerosa.
Palavras Chave
Sepse; Hemodiálise, Insuficiência renal
Área
Lesão Renal Aguda
Instituições
BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
Anita L R Saldanha, André Luis Valera Gasparoto, Ana Paula Pantoja, Carlos Alberto Gonnelli, Thomaz Braga Ceglias, Vitoria G Hernandes, Irina Antunes, Tania L R Martinez