Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: PIELONEFRITE ENFISEMATOSA E LESAO RENAL AGUDA

Introdução

A pielonefrite enfisematosa (PE) é uma rara infecção necrotizante renal grave, caracterizada pela presença de ar no parênquima renal, geralmente com tríade clínica clássica de febre, vômito e dor no flanco, associação com diabetes e lesão renal obstrutiva.

Material e Método

Relatar evolução clínica e manejo em caso de PE. Relato de Caso: Paciente feminino, 68 anos, dá entrada desorientada, agitada, dispneica com SVD e urina escurecida, ex-tabagista, hipertensa, diabética tipo 2, com pressão arterial 100x70 mmHg. Aos exames apresentava glicemia 167 mg/dl, Hb 10,1 g/dL, leucócitos 16.600/mm³, plaquetopenia severa (59 mil/mm³), Cr 2,45 mg/dl, Ur 214 mg/dl. O USG de rins e vias urinárias, relatava-se espessura do parênquima e diferenciação córtico-medular preservadas, rim direito apresentando sistema pielocalicial com múltiplos focos hiperecoicos sobre sistema coletor, produzindo sombra acústica suja e obscurecendo a visibilidade de estruturas mais profundas. Devido à piora clínica foi transferida para UTI com diagnóstico de lesão renal aguda e sepse secundárias a PE. Paciente evolui sob hemodinamicamente estável, glicemia de difícil controle, piora da leucocitose (31.500) e plaquetopenia (71 mil); urocultura negativa, sumário de urina inocente. Fez-se terapia com meropenem inicialmente e depois tazobactan, com melhora do quadro infeccioso, não realizando terapia dialítica. Necessitou também de hemotransfusão, após intercorrência de hemorragia digestiva (por estresse) com recuperação dos níveis hematimétricos e plaquetários, Houve melhora da função renal (Cr 0,66 mg/dl, Ur 12 mg/dl). Paciente teve alta da UTI e aguarda nefrectomia para resolução definitiva.

Resultados

melhora com medidas clínica e antibacterianas precocemente evitando terapia dialítica

Discussão e Conclusões

: Apesar do estado séptico, o que contribuiu para a piora da função renal, medidas precoces antibacterianas e clínicas foram determinantes na recuperação da paciente, evitando inclusive terapia renal substitutiva. Em casos como esse, a terapia empírica antimicrobiana de amplo espectro pode modificar todo o desfecho.

Palavras Chave

pielonefrite enfisematosa, diabetes melitus, lesão renal aguda

Área

Lesão Renal Aguda

Instituições

UFCA - Ceará - Brasil

Autores

LEILA SILVEIRA VIEIRA BEZERRA, JUAREZ BRAGA SOARES NETO, CICERO VITOR DA SILVA JUSTINO, JAKELINE ANDRADE VIEIRA, NARA THAISA TENÓRIO MARTINS BRAGA, LENINA LUDMILA ALMEIDA SAMPAIO, VALENCIO PEREIRA DE CARVALHO, ANTONIO FERNANDO COUTINHO FILHO, NICOLI FERRI REVOREDO, LEONARDO LOPES DA CRUZ, RONAL ROBERTO BERGAMO