Título

INDICADORES ASSISTENCIAIS: AVALIAÇAO DOS PACIENTES EM HEMODIALISE EM UMA CLINICA DE FRANCA-SP

Introdução

Nos últimos anos a avaliação da qualidade da Terapia Renal Substitutiva (TRS) no nosso país começou a ser discutida com mais frequência. Neste contexto, várias diretrizes têm sido sugeridas a fim de verificar a assistência geral recebida pelos pacientes em hemodiálise (HD) como: a adequação de diálise, o tipo de acesso vascular, nutrição, controle da anemia, controle do metabolismo de cálcio e fósforo, qualidade de vida, correlacionando estes fatores com a morbimortalidade dos pacientes com Doença Renal Crônica Terminal (DRC). Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os indicadores assistenciais dos pacientes que realizaram HD em uma Clínica no interior de São Paulo, entre os quais destacamos albumina, fósforo, hemoglobina, KTV (como marcador de adequação dialítica) e PTH.

Material e Método

Assim, realizou-se uma pesquisa retrospectiva através da análise dos prontuários médicos e da ferramenta NephroSys de gestão em Nefrologia e Diálise dos pacientes em programa de TRS na modalidade de HD no período de julho a dezembro de 2018.

Resultados

Neste período estavam em HD 156 pacientes, sendo 84(54%) do sexo masculino e 72(46%) do sexo feminino, com idade média de 60 (±14,59) anos. Como diagnóstico de base para a DRC identificamos que 88(56%) pacientes apresentavam Hipertensão Arterial Sistêmica seguidos de 37(24%) com Diabetes Mellitus, 10(6,41%) Síndrome Nefrítica Crônica, 9(6%) Rins Policísticos e 12(7,69%) outros diagnósticos. No que diz respeito aos indicadores assistenciais, as médias de resultado dos pacientes apresentaram albumina de 3,95g/dl(±0,42), fósforo de 4,89mg/dl (±1,35), hemoglobina de 11,89g/dl (±1,99), KTV de 1,44(±0,42) e PTH de 311pg/ml(±291,91). Os dados encontrados, quando comparados com os referenciais do Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2018, se mostram na média, em conformidade com os índices recomendados, apresentando albumina acima de 3,5g/dl, fósforo abaixo de 5,5mg/dl, hemoglobina entre 10 e 13g/dl, KTV acima de 1,2 e PTH entre 100 e 600pg/ml.

Discussão e Conclusões

A variabilidade dos dados encontrados nestes indicadores nos alerta para a importância de um melhor acompanhamento e controle do desempenho dos mesmos, afim de evidenciar os fatores que possam influenciar estes resultados. De qualquer forma, este estudo tornou evidente que esforços para a busca constante da melhoria da qualidade da TRS trará benefícios que irão refletir na morbimortalidade, sobrevida e qualidade de vida dos pacientes submetidos à HD.

Palavras Chave

Terapia Renal Substitutiva, Doença Renal Crônica, Hemodiálise

Área

Doença Renal Crônica