Dados do Trabalho


Título

GRAU DE RISCO E DEPENDENCIA DE PACIENTES EM TRATAMENTO HEMODIALITICO

Introdução

Na última década houve aumento na prevalência e incidência da doença renal crônica. O panorama atual é de uma população com longevidade em terapia dialítica, idade avançada e alta morbimortalidade cardiovascular. A equipe assistencial deve estar preparada para atender estes pacientes durante a hemodiálise devido aos diversos riscos inerentes ao tratamento e dependência existente. É essencial uma análise dos pacientes atendidos em uma unidade de hemodiálise para elaboração de um plano de cuidados factível com o perfil desta população. Este trabalho teve como objetivo avaliar o grau de risco e dependência de pacientes em hemodiálise.

Material e Método

Estudo transversal realizado na unidade de hemodiálise em um Hospital Público Universitário, no período de fevereiro e março de 2019. Projeto de pesquisa aprovado em Comitê de Ética, número CAAE 2729218300005327. O instrumento utilizado foi o escore de risco e dependência, CUDYR-DIAL, validado no Brasil em 2015. Os dados foram coletados por enfermeiros e uma acadêmica de enfermagem através dos prontuários eletrônicos e avaliação dos pacientes durante a sessão de hemodiálise. A análise dos dados foi através da estatística descritiva.

Resultados

A amostra foi de 104 pacientes, 49 internados e 55 ambulatoriais. A média de idade dos pacientes ambulatoriais foi 53±17anos e o tipo de acesso vascular foi fístula arteriovenosa em 32 (58%) e 23 (42%) cateter dos pacientes estudados; nos pacientes internados a média de idade foi de 57 anos, 45 (92%) possuíam cateter e somente 4 (8%) apresentavam fístula arteriovenosa. As comorbidades prevalentes em ambos os grupos foram doenças cardiovasculares e diabetes. Dentre os pacientes ambulatoriais, as classificações predominantes foram de risco médio, 17 (31%), e alto, 15 (27%), com dependência parcial; pacientes internados apresentaram classificações prevalentes de risco alto com dependência parcial, 17 (35%), e total, 15 (31%).

Discussão e Conclusões

O estudo evidencia que pacientes internados tem maior dependência e risco quando comparados aos pacientes ambulatoriais em tratamento hemodialítico. A presença predominante de acesso vascular por cateter no grupo de internados denota um risco aumentado também do ponto de vista de infecções de corrente sanguínea. Entretanto é necessário estender e expandir para outras unidades este estudo para a avaliação dos indivíduos em longo prazo, possibilitando dados mais concisos e condutas apropriadas para melhor gestão dos cuidados na assistência ao paciente em tratamento hemodialítico.

Palavras Chave

Doença Renal Crônica, Gestão de cuidados, Enfermagem em nefrologia

Área

Multiprofissional: Enfermagem

Instituições

Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Cinthia Dalasta Caetano Fujii, Graziela Knebel, Júlia Faraon Kapitansky, Maria Conceição da Costa Proença, Mariane Sala Frydrisewsky, Eneida Rejane Rabelo da Silva, Isabel Cristina Echer