Dados do Trabalho
Título
HEMODIALISE CONVENCIONAL EM CRIANÇA MENOR DE 5 QUILOS.
Introdução
No período neonatal a nefrogênese tem início na 5 semana de gestação com termino até 36 semanas, sugerindo que as crianças nascidas prematuras em comparação com as crianças nascidas a termo tendem apresentar pior prognostico nas lesões renais. A definição de lesão renal aguda (LRA) incluiu perda da função renal resultando em desequilíbrio de fluidos e eletrólitos e produtos residuais. Pela falta de abordagens bem sucedidas de prevenção e recuperação da LRA, há necessidade de terapia de substituição renal, dentre elas a primeira escolha no período neonatal é a dialise peritoneal, porém existem contraindicações, entre elas defeito de parede abdominal, infecção de pele e abordagem cirúrgica abdominal recente. Nesses casos a hemodiálise (HD) é o método dialítico de escolha com suas particularidades.
Material e Método
relato de caso
Resultados
I.Z.C, masculino, com gastrosquise no ultrassom de 15 semanas gestacionais. Nascido de parto cesárea, prematuro tardio (36 semanas e 5/7), adequado para idade gestacional. Correção cirúgica de gastosquise várias vezes, evoluindo na ultima com LRA, secundaria a choque séptico, por Enterobacter Cloacae, com resposta as medidas clinicas. Evoluiu novamente com choque séptico (cultura positiva para bacilos gram negativos), desta vez sem resposta as medidas clinicas, necessitando de terapia de substituição renal. Pela contra indicação de dialise peritoneal optou-se por HD convencional. Realizado no total 5 sessões de HD em uso de drogas vasoativas, com fluxo sanguíneo baixo, primming e flush de albumina, sem anticoagulação. Apresentou algumas intercorrências durante as sessões realizadas (hipotensão, bradicardia e hipertensão) com boa resposta ao manejo clinico. Durante a ultima sessão de HD paciente apresentou diurese espontânea, com recuperação total da mesma no dia seguinte, assim como melhora da função renal e distúrbios hidro- eletrolíticos. Na evolução do quadro apresentou hipertensão arterial sistêmica, controlada com anti-hipertensivos, seguindo em acompanhamento ambulatorial.
Discussão e Conclusões
A terapia de substituição renal mantem a homeostase dos eletrólitos e reduz a hipovolemia dos pacientes críticos. Os pacientes no período neonatal são mais sensíveis ao volume do circuito extracorpóreo, sendo preciso particularizar ainda mais os ajustes hemodinâmicos nesses pacientes durante e após a HD, sejam eles no fluxo de sangue, no uso de albumina ou concentrado de hemácia nas sessões.
Palavras Chave
hemodialise, pediatria, lesão renal aguda
Área
Nefrologia pediátrica
Instituições
UNIFESP - São Paulo - Brasil
Autores
Elide Cristina Suntack Fragoso, Raisa Carolina Teixeira da Silva, Nathalia De Godoy Dahia, Mariana Griebeler Rockenbach, Giuliana Balluz da Cunha Santos Aroso, Alison Alves de Farias, Flavia Vanesca Felix Leão, Maria Aparecida de Paula Cançado, Maria Cristina de Andrade