Dados do Trabalho
Título
DIALISE PERITONEAL AMBULATORIAL CONTINUA BEM-SUCEDIDA NA ESTRADA
Introdução
A doença renal crônica (DRC) gera perda progressiva irreversível dos néfrons, classificada em 5 estágios. No último estágio, os rins perdem o controle da homeostasia progredindo para Terapia Renal Substitutiva (TRS) e ou Transplante renal (TX renal). A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC) consiste na infusão, retenção e drenagem para o peritônio, utilizado como membrana de troca, de uma solução balanceada e aquecida à temperatura próxima à corporal. Aqueles que a utilizam estão aptos à trocar as bolsas.
Material e Método
Trata-se de estudo qualitativo descritivo retrospectivo realizado por docente e estudantes de medicina do 5º ano do Ambulatório Nefrologia, utilizando prontuário médico e dados fornecidos pelo paciente.
Resultados
M.A.C., 59 anos, masculino, caminhoneiro, DRC estágio 5 há 5 anos, hipertenso, diabético e hipotireoideo. Há 5 anos, executou sessões de hemodiálise e, em seguida, DPAC por 4 anos. Nesse período, realizava 2 viagens ao mês, de 14 dias cada. Nelas, dirigia cerca de 1.000km/dia de 5h às 23h, pausando para refeições e para as 4 trocas da DPAC que deveria fazer. Executava a diálise sentado em seu caminhão bi-trem sem intercorrências. Há 1 ano faz DPAC em domicílio com seguimento mensal devido a retinopatia diabética. Atualmente, sem queixas. Ao exame físico, bom estado geral, orientado, corado, hidratado, afebril, anictérico e acianótico. Peso 68.4Kg; Altura 1,68m; PA 150x90mmHg. Sem alterações cardíacas e respiratórias. Abdome globoso, normotenso, ruídos hidroaéreos presentes, indolor à palpação, cateter tenckhoff sem sinais flogísticos, cuff exteriorizado.
Discussão e Conclusões
Observou-se que o paciente obteve sucesso na realização e cuidados com a DPAC. Isto, representa a eficácia de orientar sobre a prática adequada do procedimento para evitar a peritonite, posto que, esta é a principal complicação da diálise peritoneal. A DPAC, se bem realizada, mesmo em locais adversos, evita-se complicações. Por isso, é fundamental a correta orientação da equipe multiprofissional, para que se tenha um bom entendimento do paciente e, por conseguinte, sucesso na DPAC.
Palavras Chave
Doença Renal Crônica,Terapia Renal Substitutiva, Diálise Peritoneal
Área
Doença Renal Crônica
Instituições
Clínica Nefrológica de Franca - São Paulo - Brasil, Uni-Facef - São Paulo - Brasil
Autores
Paulo Silva Santos, Ana Maria Gonçalves Oliveira, Esther Vieira Soares, Giovanna Cordeiro Ferreira, Isadora Machado Pontes, Leonardo Andrade Castro Frois, Marcos Felipe Miranda, Rafaella Gregori Perduca