Título

PERFIL MICROBIOLOGICO DE CULTURAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UMA CLINICA DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA NO INTERIOR DE SAO PAULO

Introdução

Os procedimentos dialíticos para a substituição da função renal têm a infecção como uma das principais complicações, com impacto significante na morbimortalidade em pacientes dialíticos sendo estes crônicos ou agudos críticos. Dentro deste contexto, o presente trabalho tem o objetivo de avaliar o resultado das culturas e o perfil de sensibilidade dos microrganismos isolados em pacientes atendidos em uma Clínica de Terapia Renal Substitutiva no interior de São Paulo para adequação dos antibióticos a serem prescritos.

Material e Método

Este trabalho consiste em estudo retrospectivo dos resultados das culturas coletadas de julho a dezembro de 2018, as quais foram processadas no equipamento BD BACTER FX450 e nos meios de cultura adulto BD BACTER plus aerobic/F e culture Vials e o antibiograma através de método por difusão em disco, inibindo o crescimento da bactéria.

Resultados

Neste período foram realizadas culturas em 14(44%) pacientes do sexo feminino e 18(56%) do sexo masculino, com média de idade de 61(± 16,68) anos. As culturas pesquisadas se encontravam arquivadas junto aos impressos de busca ativa da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Destas, 20(61%) eram hemoculturas, 11(33%) culturas de Líquido Peritoneal (CLP)e 2(6%) do óstio do cateter de tenckhoff. Das hemoculturas colhidas, cerca de 10 (50%) de hemoculturas foram positivas ( 2- Sthaphylococcus aureus , 2- Sthaphylococcus coagulase negativa , 2- Enterococcus sp, 1-Sthaphylococcus sp (S. sp), 1- Serratia Marcescens, 1-Streptococcus sp e 1 -Escherichia coli). Em relação CLP, 4 (36,3%) foram positivas (2- Klebsiela sp, 1- S. coagulase negativa e 1- Candida sp). Todas as culturas do óstio do cateter de tenckhoff foram negativas. Todos os casos de infecção por Staphylococus foram resistentes à cefalexina e sensível à vancomicina.

Discussão e Conclusões

Em todos os pacientes foram ajustados a prescrição de antibioticoterapia de acordo com o antibiograma. No paciente com peritonite fúngica foi necessário a remoção do cateter de tenchkoff e a mudança para a modalidade hemodiálise. A partir do conhecimento da etiologia bacteriana mais frequente por sítio de infecção e seu perfil de resistência/sensibilidade será possível ajustar o protocolo inicial de antibióticoterapia em pacientes em Terapia Renal Substitutiva.

Palavras Chave

Terapia Renal Substitutiva, Antibióiticos, Microbiologia

Área

Doença Renal Crônica