Dados do Trabalho


Título

RISCO DE QUEDA EM PACIENTE RENAL CRONICO EM HEMODIALISE E SEUS FATORES RELACIONADOS

Introdução

Os grupos de risco para DRC são pacientes hipertensos (correspondem a mais de 75%), diabéticos, pessoas acometidas por doenças cardiovasculares, hereditariedade, em uso de medicações nefrotóxicas e idosos (por apresentar diminuição fisiológica da FG).
Tais comorbidades relacionadas à DRC podem também atuar como fatores de risco de acidentes por quedas nos pacientes. O Diabetes Melito, por exemplo, está quase sempre associado a complicações micro e macrovasculares, bem como, à diminuição da acuidade visual, fatores que podem contribuir para a ocorrência de queda. Entretanto, a DRC apresenta, por si só, fatores de risco de quedas como limitações funcionais, baixa aptidão cardio-respiratória, fadiga, além dos distúrbios do metabolismo mineral que levam à doença mineral óssea.

Material e Método

Trata-se de estudo correlacional, realizado em um serviço privado de nefrologia do interior do estado de São Paulo, o qual assiste pacientes cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) e convênios, atendendo aproximadamente 230 pacientes, na modalidade de hemodiálise.Foram utilizados um instrumento de caracterização sócio-demográfica e clínica dos participantes, A queda foi avaliada utilizando-se o Instrumento nomeado Escala de Quedas de Morse (Morse Fall Scale) e o instrumento Fall Efficacy Scale (FEI - I – Brasil) e para fragilidade, foi utilizado o Tilburg Frailty Indicator (TFI).

Resultados

No que se refere ao medo/preocupação de cair, verificou-se que os homens apresentam menor preocupação em relação às mulheres, valor estatisticamente significante (p<0,05), assim como os pacientes não amputados e os não frágeis também apresentam menor preocupação em cair quando comparados aos amputados e frágeis respectivamente. Os pacientes diabéticos e hipertensos não apresentaram diferenças estatisticamente significantes quanto a preocupação em cair, ou seja p>0,05, em relação aos não diabéticos e não hipertensos. A diferença entre as médias da ocorrência de quedas no último ano e do risco de quedas entre as variáveis idade, escolaridade, tempo de hemodiálise e número de medicamentos não apresentou diferenças significantes. A média do FES (medo de cair) apresentou diferença significante apenas para a variável escolaridade.

Discussão e Conclusões

Conforme a literatura mostra, o risco para quedas aumenta com a idade um terço das pessoas com idade ≥65 anos cai pelo menos uma vez por ano. Os pacientes em tratamento hemodialítico apresentam um alto risco para quedas e 13 à 25% deles apresentam uma queda após o inicio do tratamento.

Palavras Chave

Insuficiência Renal Crônica; Hemodiálise; Acidentes por Quedas; Segurança do Paciente.

Área

Doença Renal Crônica

Instituições

UNICAMP - São Paulo - Brasil

Autores

THAIS CARRERA CARVALHO, ARIANE DINI POLIDORO, SILVANA VEIGA ALMEIDA, KARLA CRISTIANE SOARES BERTOLUCI, CYRO FRAGA MOREIRA FILHO, WAGNER SANTA CATHARINA