INTERVENÇOES ESTRATEGICAS PARA UMA MAIOR VINCULAÇAO DE MEDICOS PARA A RESIDENCIA EM MEDICINA DE FAMILIA E COMUNIDADE
O projeto de vinculação de médicos à Residência em MFC foi desenvolvido em virtude da baixíssima adesão e permanência de novos profissionais aos programas de MFC tradicionais no estado da Bahia - além da dramática vacância dos programas (menos de 30% das vagas preenchidas anualmente), metade dos residentes vêm abandonando este tipo de residência antes do seu término. Historicamente, a desconexão entre os internatos na Atenção Básica e os programas de residência em MFC, a divulgação bastante limitada da seleção destes programas e a desmobilização/pulverização dos médicos de família em nosso estado vêm contribuindo para o agravamento deste quadro. No entanto, com a implantação do programa de residência em MFC da FESF/Fiocruz em Camaçari-BA abriu-se a oportunidade de articulação dos preceptores a partir do Curso de Especialização em Preceptoria Médica no SUS (IEP/HSL), mobilizando os atores a criarem estratégias para contornar esse cenário e captar/fixar um número maior de residentes a partir de 2017.
Sim, as ações sobre o segundo nó-crítico (Divulgação Insuficiente da Seleção e do Programa) que envolviam produção de material gráfico e uma presença mais intensa nos espaços acadêmicos para divulgação não puderam ser executadas naquele momento. Não houve modificação completa (a meta não foi abandonada), mas adiamos o prazo para a próxima seleção para ganhar tempo de articular mais parceiros que possam ajudar na confecção dos materiais gráficos e poder nos mostrarmos mais presentes nas faculdades de medicina.
Os atores efetivamente se aproximaram com o desenvolvimento do curso, aumentamos o número de parceiros e fortalecemos a rede de apoio ao programa de residência, o que resultou num crescimento importante na quantidade de residentes inscritos na seleção deste ano.
Sim, o aumento significativo da adesão de residentes ao programa de 2017. Por outro lado, os próprios residentes passaram a trabalhar efetivamente como divulgadores do programa, aumentando sua visibilidade e abrindo possibilidades de diálogo com as faculdades de onde foram egressos.
Enquanto permanecíamos no curso do IEP/HSL, tínhamos garantidos espaços periódicos de encontros para as aulas e rodas fora do ambiente de trabalho o que terminava por unir o grupo e facilitar o planejamento de ações para a melhoria do programa. Com a dispersão dos preceptores ao término do curso, não conseguimos manter uma rotina de aproximação - a lógica "corrida" da rotina de trabalho e os problemas assistenciais/gerenciais cotidianos das unidades acabaram por sugar boa parte da energia dos participantes do curso ao longo de 2017. Por outro lado, as dificuldades para se manter o programa com a eleição de um novo prefeito politicamente oposto à gestão anterior (que implantou o programa) nos faz cotidianamente lutar pela sobrevivência da residência, sobrando pouco tempo para se pensar na divulgação do mesmo.
A aproximação com os internatos (professores e internos) e estudantes de medicina avulsos da UFBA e Escola Bahiana de Medicina foi o ponto crucial na captação de mais residentes para o programa.
Aumento considerável no número de inscritos na seleção de 2017 e uma permanência destes em número bastante superior ao das seleções de 2015 e 2016.
PRM/PSUS - Preceptoria de Residência Médica / Preceptoria no SUS
FESF-SUS - Bahia - Brasil
WALDEMIR DE ALBUQUERQUE COSTA, VICTOR ROCHA SANTANA, MARIANA MACHADO ARAGÃO, AFONSO ROBERTO LIMA BATISTA