PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DAS CENTRAIS DE REGULAÇÃO DE TERESÓPOLIS
O Sistema Único de Saúde tem desenvolvido estratégias de racionalização do uso dos recursos, expressas no sistema de regulação.
Nesse sentido, o desafio que o sistema enfrenta refere-se à capacidade de organizar as atividades desse sistema.
A estruturação e funcionamento da rede de serviços nessa área podem se beneficiar do controle do fluxo e da qualidade de serviços, dependendo da capacidade de uso dos elementos constitutivos do sistema de regulação, com ênfase na sua governança.
A qualificação da regulação em saúde é fundamental para promover a integralidade e a equidade do cuidado. No presente contexto de implementação do SUS, no qual a agenda da regionalização da saúde com pactuação de papéis e responsabilidades dos diferentes componentes dos sistemas locorregionais de saúde se torna mais proeminente, as atividades regulatórias no âmbito da gestão se tornam ainda mais importantes.
O projeto é de grande relevância para o município de Teresópolis, cidade com 174.587 habitantes (IBGE, 2016) e que tem a necessidade de possuir uma regulação estruturada e eficiente.
De mesma forma, o município, também se configura como Polo regional para a Pactuação Programada Integrada – PPI, o que traz maior importância para a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, no que concerne à atenção em saúde na locorregião.
Por fim, melhorias no sistema de regulação em saúde no nível municipal, pode importar na melhoria da condição da atenção à saúde da população, com racionalização da aplicação financeira e de melhor efetividade e eficácia nos processos de qualificação da saúde local e regional.
Sim. Algumas mudanças de concepção do processo regulatório, tais como, mudança de estrutura física, para promover integração entre as centrais de regulação, adequação de pessoal e elaboração de uma proposta de aquisição de sistema de informação para gestão da Central de Regulação Municipal.
Com uma nova gestão na saúde municipal e, inclusive, com definição de uma nova coordenação para a Regulação, novos rumos tiveram início, tais como os relatados acima e, ainda, uma visão mais técnica e mais pragmática, no sentido de utilização de protocolos e diretrizes clínicas para orientação da demanda e atendimento à população.
Sim .
Necessidade político-técnico local e regional de regulação, redução de intervenções externas na regulação de exames, em especial, melhorias estruturais, tais como computadores e edital elaborado para aquisição de sistema informatizado para gestão municipal da saúde, com ênfase nos processos regulatórios e implementação de diretrizes clínicas e assistenciais para regular o acesso aos exames, consultas e internações. De outro lado, foram implementados os NIR hospitalares e na UPA municipal
Alternância na gestão municipal, tanto na saúde, quanto na prefeitura. Déficit de profissionais de saúde com competências técnicas e em quantitativo suficiente para todas as ações necessárias ao processo regulatório.
Envolvimento e qualificação dos profissionais que atuam na saúde municipal, para sensibilização na utilização de protocolos e diretrizes, considerando a melhor relação custo/benefício, em prol da qualidade da atenção prestada à população e ao uso dos recursos públicos.
Melhoria nos processos regulatórios municipais;
Redução dos exames e consultas realizados sem definição da necessidade técnica;
Melhoria no atendimento à população, com redução da demanda reprimida e qualificação das solicitações de exames, consultas referidas e internações por complexidade, em unidades hospitalares;
Integração entre o sistema de regulação municipal e o sistema estadual de regulação, com interlocução qualificada e melhoria dos padrões referenciais;
Integração da rede municipal de saúde, a partir da concepção de referências e contra referências, tomando-se a Atenção Básica como ordenadora do cuidado, com ênfase na Estratégia de Saúde da Família e no matriciamento de ações.
Com a implantação desse sistema o governo do Estado espera oferecer ao paciente um atendimento eficaz e de qualidade, além de democratizar o atendimento na rede pública de saúde, pois vai acabar com o “jeitinho” onde pessoas influentes conseguem atendimento prioritário sem respeitar a demanda já existente, qualificando assim, as ações do sistema e, garantindo os princípios e diretrizes do SUS, quais sejam, em especial, a integralidade, a equidade e a universalização.
REG - Regulação em Saúde no SUS
IEP/Hospital Sírio Libanês - Rio de Janeiro - Brasil
RICARDO BANDEIRA EMMEL, Ana Paula Cardozo Pinto, Marta Regina Tenorio, Edneia Tayt Moço