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Seminário de Apresentação de Projetos e Resultados - PROADI-SUS HSL (2015-2017)

Seminário de Apresentação de Projetos e Resultados - PROADI-SUS HSL (2015-2017)

Hospital Sírio Libanês - São Paulo /SP | 25 outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

INSTRUMENTO DE COMUNICAÇAO PRE-OPERATORIA PARA A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DO HUUFMA

Por que este Projeto Aplicativo deve ser selecionado para apresentação no IEP/HSL? Justifique considerando sua aplicação e a relevância para o SUS.

As ações já implementadas e aquelas que se pretende implementar têm ocasionado uma mudança de cultura dentro da instituição no que diz respeito à segurança e qualidade no cuidado ao usuário. Acredita-se que o projeto em questão tenha relevância para ser apresentado à comunidade, haja vista a importância e a necessidade do compartilhamento das ações que foram pensadas pelo grupo afinidade junto ao facilitador para execução do projeto aplicativo, bem como o deslocamento que houve com relação à implementação do mesmo. Tais ações têm contribuído para que o usuário do SUS desfrute de maior qualidade no seu atendimento e nos serviços a ele disponibilizados. Para os profissionais envolvidos no processo, observou-se que essas mudanças têm proporcionado sentimentos de segurança e cooperação para êxito no processo de saúde da instituição.

Houve modificação do plano de ação inicial do projeto? Se sim, qual foi a modificação?

Sim. Inicialmente foi pensado como projeto aplicativo a elaboração de um instrumento de comunicação pré-operatória, adaptando-se o instrumento de transferência do paciente já existente nas Unidades de Internação Clínica e Cirúrgica e Unidade de Cirurgia e Recuperação Pós-Anestésica no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA), utilizando a metodologia SBAR.
Entretanto, foram realizadas modificações tendo em vista os processos de trabalho da enfermagem já em andamento na instituição e a necessidade de atrelar as ações com os protocolos de Segurança do Paciente já existentes. Assim, a Divisão de Enfermagem do HU-UFMA, que possui 03 grupos de trabalho para discussão e implementação de seus processos de trabalho, do qual fazem parte as lideranças de enfermagem e os membros do grupo de Educação Permanente em Enfermagem (GEPEN), sugeriu a implementação do SBAR em duas unidades: A Unidade de Clínica Médica, representando o grupo de trabalho da Internação e a Unidade de Cuidados Intensivos do Adulto (UCI-A), representando o grupo de trabalho das Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Essas unidades foram escolhidas para serem unidades piloto para implementação do processo em questão, para posteriormente se fazer a expansão para todas as Unidades de internação e todas as UCI do HU-UFMA.
O processo começou a ser implementado da seguinte forma:
- Foi encaminhado material de apoio (artigos científicos, relatos de experiências exitosas de outras instituições etc) para que os membros do grupo pudessem ler e se apropriar dos conhecimentos;
- Foi marcado reunião para discussão e alinhamento das atividades a serem executadas. Nessa reunião, foi sugerido a criação de um instrumento para passagem de plantão segura para ser utilizado nas unidades, que contemplasse as premissas do protocolo SBAR.
A técnica ou metodologia SBAR é um modo padronizado e simples de comunicar informações importantes, de forma clara e concisa e que pode ser utilizada em várias situações como, por exemplo, na passagem de plantão e transferência do paciente de uma unidade para outra. Na técnica SBAR, situação (S) corresponde ao enunciado conciso do problema; background (B), à informação pertinente e breve acerca da situação/problema; avaliação (A), à análise e opções de resolução/encaminhamento e recomendação (R), à ação necessária/recomendada.
O SBAR permite uma comunicação segura entre os membros da equipe de saúde acerca da condição do paciente, de maneira fácil e focada para definir as expectativas do que vai ser e como será comunicado entre os membros da equipe, que é essencial para a oferta de assistência com qualidade entregue ao usuário e promoção da cultura de segurança do paciente.
- Após a criação do instrumento em meio físico, foi solicitado ao líder de enfermagem e ao membro do GEPEN da área piloto que iniciassem o processo de sensibilização e capacitação de suas equipes para, em seguida, começar a implementação.
- Ao avaliar a necessidade de tornar o instrumento prático para que houvesse maior adesão dos profissionais, a Divisão de Enfermagem solicitou a adequação do instrumento ao modelo de visita de enfermagem existente no Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU) por meio do sistema HORUS, que é um portal que permite a consolidação de informações, o acesso aos sistemas do HU-UFMA e o gerenciamento de acesso dos usuários. Dessa forma, a maior parte das informações relativas ao item Situação, do Protocolo SBAR, puderam migrar para o instrumento, otimizando o preenchimento.

Qual o deslocamento verificado em direção à situação objetivo?

A Unidade de Clínica Médica do HU-UFMA ainda está na fase de capacitação da equipe de enfermagem para realização da passagem de plantão segura, utilizando o instrumento proposto. Dessa forma o instrumento foi adaptado via HORUS para as UCI, sendo que tem sido utilizado pela unidade piloto, UCI-A, que conseguiu sensibilizar e capacitar toda a equipe de enfermagem.
Foi observado um deslocamento importante na UCI-A, que, após a sensibilização e capacitação da equipe de enfermagem, iniciou a aplicação do instrumento de passagem de plantão. Após 30 dias de uso do instrumento, foi realizada uma reunião com a equipe, que apontou aspectos no instrumento que necessitavam de ajustes, a fim de que se pudesse realmente alcançar os objetivos propostos. Essas modificações sugeridas foram levadas para discussão com o grupo de trabalho das UCI, quer validou as sugestões.
A referida unidade encontra-se atualmente realizando as modificações no instrumento e em novo período de adaptação.

Há evidências de mudanças em relação à situação inicial? Se sim, quais?

Sim. É sabido que comunicação segura hoje ainda é algo que gera uma certa polêmica e um dos reflexos disso é o volume de eventos adversos que ocorrem diariamente nas instituições de saúde. Mudar a forma como os profissionais se comunicam e fazê-los entender que as informações precisam ser passadas de forma organizada reflete diretamente em um processo de mudança de cultura.
Com relação ao projeto aplicativo, dentro do HU-UFMA, o que se tem de evidência de mudança em relação à situação inicial é:
- O fato de conseguirmos evoluir para o início de um processo de problematização, fazendo com que as pessoas “saiam da zona de conforto”, à medida que passam se incomodar e a questionar idéias e modo de fazer já consolidados .
- Conseguiu-se discutir com os grupos já citados anteriormente novos paradigmas e possibilidades de mudança, considerando que o que se tinha anteriormente era muito incipiente e não estava atendendo de forma satisfatória os objetivos no que diz respeito à comunicação segura e qualidade da assistência de enfermagem.
- A criação de um instrumento por meio de construção coletiva para ser utilizado on line, através de uma ferramenta de tecnologia disponibilizada ao HU-UFMA.

Quais os principais obstáculos e elementos facilitadores vivenciados para a implementação do Projeto Aplicativo?

Sim. É sabido que comunicação segura hoje ainda é algo que gera uma certa polêmica e um dos reflexos disso é o volume de eventos adversos que ocorrem diariamente nas instituições de saúde. Mudar a forma como os profissionais se comunicam e fazê-los entender que as informações precisam ser passadas de forma organizada reflete diretamente em um processo de mudança de cultura.
Com relação ao projeto aplicativo, dentro do HU-UFMA, o que se tem de evidência de mudança em relação à situação inicial é:
- O fato de conseguirmos evoluir para o início de um processo de problematização, fazendo com que as pessoas “saiam da zona de conforto”, à medida que passam se incomodar e a questionar idéias e modo de fazer já consolidados .
- Conseguiu-se discutir com os grupos já citados anteriormente novos paradigmas e possibilidades de mudança, considerando que o que se tinha anteriormente era muito incipiente e não estava atendendo de forma satisfatória os objetivos no que diz respeito à comunicação segura e qualidade da assistência de enfermagem.
- A criação de um instrumento por meio de construção coletiva para ser utilizado on line, através de uma ferramenta de tecnologia disponibilizada ao HU-UFMA.

Quais os fatores críticos de sucesso para o Projeto Aplicativo?

Dentre os fatores críticos de sucesso, observou-se:
- O fato da Divisão de Enfermagem estar trabalhando numa perspectiva de melhorais da qualidade da assistência, através do uso de ferramentas de gestão da qualidade, focadas no processo de trabalho da enfermagem, tais como indicadores assistenciais, indicadores de dimensionamento de pessoal (absenteísmo e rotatividade), sistemas de classificação de pacientes, processo de enfermagem e mudança do modelo assistencial;
- O apoio da governança do HU-UFMA nas iniciativas que foram vislumbradas para melhorias dos processos de trabalho da enfermagem.

Quais os desdobramentos, produtos e/ou resultados relacionados ao projeto?

Como desdobramentos, produtos/resultados relacionados ao projeto, pode-se citar:

- O fato de se conseguir transpor as informações contidas no instrumento elaborado inicialmente para ser preenchido manualmente, para um sistema informatizado, otimizando o tempo de preenchimento e favorecendo a adesão dos profissionais;

- A mudança na cultura e nos paradigmas assistenciais, partindo do entendimento que a comunicação segura também se dá por meio do foco no registro das informações necessárias e de fato, indispensáveis ao cuidado.

- O fato de se estar caminhando para a garantia de uma comunicação segura entre os profissionais de enfermagem dentro da instituição e o cumprimento desta enquanto Meta de Segurança do Paciente.

Curso

QSCP - Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente

Instituições

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - Maranhão - Brasil

Autores

ARACELI MOREIRA DE MARTINI FONTENELE, TÂNIA PAVÃO OLIVEIRA ROCHA, ARTUR SERRA NETO, TEREZA RACHEL GOMES ALENCAR