Fernanda Prestes Eventos
11 5081 7028 - 5084 4246 janice@fernandapresteseventos.com.br
Seminário de Apresentação de Projetos e Resultados - PROADI-SUS HSL (2015-2017)

Seminário de Apresentação de Projetos e Resultados - PROADI-SUS HSL (2015-2017)

Hospital Sírio Libanês - São Paulo /SP | 25 outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

IMPLANTAÇAO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDA NO SETOR D NEUROLOGIA NO HOSPITAL DE CARIDADE SÃO VICENTE DE PAULO

Por que este Projeto Aplicativo deve ser selecionado para apresentação no IEP/HSL? Justifique considerando sua aplicação e a relevância para o SUS.

Este projeto aplicativo tem como contexto o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo. Esta instituição localiza-se em Guarapuava e tem como característica principal a filantropia, por este motivo o hospital tem obrigatoriedade de atendimento ao SUS com 60%, sendo que este percentual ultrapassa 70%. Desta forma escolhemos esta instituição visando acrescentar melhorias no atendimento de saúde público de nossa região. O hospital São Vicente atende média complexidade na especialidade de neurologia/neurocirurgia, setor que foi de nossa escolha devido a condição dos pacientes que lá internam (confusos, com limitações físicas), sendo referencia para 21 municípios da 5ª regional de saúde, abrangendo uma população de aproximadamente 450 mil habitantes. De modo geral, a hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram fora do ambiente familiar, e no caso da neurologia, são portadores de doenças que predispõe a queda (demência, limitações), e muitos dos procedimentos terapêuticos, como as medicações, podem também aumentar o risco. Esforços vêm sendo feitos no sentido de identificar as melhores práticas e estabelecer protocolos de gerenciamento de quedas eficazes no controle de riscos, prevenção do evento e redução de suas consequências na instituição de escolha para aplicação do Projeto Aplicativo. Pudemos observar em estudos já realizados que, apesar da relevância do problema e da existência de instituições que vêm desenvolvendo protocolos para gerenciamento de quedas, ainda há carência da apresentação dos resultados destas iniciativas. Alguns objetivos iniciais do projeto foram: prevenir a ocorrência de quedas; reduzir os danos provocados pelas quedas nos pacientes; capacitar a equipe de enfermagem para a prevenção de quedas, implantar a classificação dos pacientes com risco de quedas; sensibilizar a equipe para notificação dos eventos relacionados a quedas; sensibilizar a gestão do hospital para adequação da estrutura física para prevenção de quedas. Acreditamos que este projeto deve ser escolhido por sua relevância, pela sua aplicabilidade e alcance de alguns resultados, e para servir de subsídios de implantação para outras instituições de saúde.

Houve modificação do plano de ação inicial do projeto? Se sim, qual foi a modificação?

NO PROJETO INICIAL CONTEMPLÁVAMOS APENAS O SETOR DE NEUROLOGIA DO HOSPITAL, COMO SETOR PILOTO, MAS ALGUMAS AÇÕES FORAM APLICADAS TAMBÉM EM OUTRAS UNIDADES DA INSTITUIÇÃO.

Qual o deslocamento verificado em direção à situação objetivo?

1 Com relação ao objetivo geral, que era “implantar o protocolo de prevenção de quedas” este foi alcançado: há um protocolo escrito disponível e de livre acesso a equipe da unidade, o qual descreve quais medidas devem ser adotadas perante o paciente que apresenta um risco de queda, e como realizar esta classificação, utilizando a escala de Morse, que inclusive, hoje se encontra dentro da sistematização da assistência de enfermagem, sendo um documento digitalizado dentro do prontuário eletrônico de todos os pacientes. E após classificar, identificar o paciente através de uma marca em sua pulseira, sinalizando que este deve ser atendido de forma diferenciada quanto aqueda. Portanto o objetivo específico “implantar um sistema de classificação dos pacientes com risco de quedas” já está sendo utilizado e bem aceito pela enfermeira da unidade.
Quanto a capacitação dos funcionários a cerca do protocolo, o hospital agora conta com um responsável pelo setor de educação continuada, havendo possibilidades de intervenções educativas sempre que necessário. Sendo que no mês de agosto já tivemos novamente a reapresentação do protocolo a unidade, visto que a rotatividade de profissionais é ainda alta.
A equipe se encontra sensibilizada quanto a notificar eventos adversos, e já participou também de capacitação sobre a importância de notificações e qual o objetivo destas; todo evento de queda está sendo relatado e investigado pelo núcleo de segurança.
Quanto ao objetivo de sensibilização quanto a estrutura física do hospital, nossa unidade alvo ainda não passou por reforma, mas já é a próxima que receberá intervenção, o hospital esta incluindo em todas as suas reformas ( e já foram três unidades concluídas) seguindo o padrão de barras de apoio nos banheiros, portas largas facilitando a acessibilidade, camas com grades, escadas antiderrapantes, e cadeiras de banho novas. Também foram instaladas corrimões externos em áreas de circulação para evitar quedas. A maca aguarda colocação de grades laterais, porém é uma das últimas que necessitam de adequação, pois todas as outras já foram substituídas. Já há pedido de compra para uma cadeira e uma maca para obesos, pois não possuímos na instituição, assim como mais macas novas.

Há evidências de mudanças em relação à situação inicial? Se sim, quais?

Há uma maior sensibilização dos funcionários com relação as notificações, também se percebe um maior cuidado no manejo do paciente, visto que a enfermeira utiliza-se da ferramenta de classificação de risco para queda dentro de sua sistematização da assistência, conseguindo prescrever cuidados, que serão executados pela equipe já orientada.
A administração recebe relatórios do núcleo de segurança com indicadores relacionados as notificações, e com isto nosso trabalho tem se fortalecido enquanto núcleo, pois nossos projetos tem sido apoiados e providenciados dentro do possível; também a gerência de enfermagem e supervisão da assistência tem se engajado nas ações fortalecendo e empoderando o núcleo.

Quais os principais obstáculos e elementos facilitadores vivenciados para a implementação do Projeto Aplicativo?

Os obstáculos giram em torno da não obtenção de adesão de 100% dos funcionários, como é um setor grande, com 25 leitos, geralmente com muitos pacientes que dependem de cuidados exaustivos, alguns funcionários tendem a pular algumas etapas do protocolo quando estão em menor número, ou nos finais de semana, quando não há uma supervisora direta junto com eles. Também o pouco entendimento dos acompanhantes, que diante da demora no atendimento, ou à noite, julgam ter condições de levar o paciente ao banheiro sozinhos, possibilitando uma queda. A cartilha ao acompanhante com orientações ainda não está disponível, mas há avisos afixados na parede do quarto quanto a orientações de prevenção de quedas.
Os elementos facilitadores para a implementação foi que o hospital está reformando todas as unidades com elementos já dentro do protocolo de quedas, há uma percepção muito maior a respeito da necessidade de proteger o paciente quanto aos risco; e como a nova administração possui um trabalho muito mais aberto a opiniões e sugestões, trouxe algumas coisas que antes seriam mais difíceis de conseguir. O gerente de estrutura do hospital é um enfermeiro, o que auxilia esta visão mais direcionada as necessidades do paciente.
Outro elemento facilitador foi a entrada de uma enfermeira nova na unidade que tem mostrado grande dedicação ao projeto, e que por fazer parte do núcleo de segurança também, é uma incentivadora e influenciadora da equipe extremamente ativa.
Também, como já foi citado em outra questão, agora o hospital finalmente conta com uma enfermeira exclusiva para educação continuada e desenvolvimento de ações do núcleo de segurança, o que otimizou o trabalho de todos os participantes deste, os quais representam uma excelente equipe dentro do hospital, de profissionais comprometidos, interessados, e humanizados.

Quais os fatores críticos de sucesso para o Projeto Aplicativo?

AINDA CAMINHAMOS PARA MUDANÇA DA CULTURA DE SEGURANÇA, OS PONTOS CRÍTICOS QUE ENCONTRAMOS ESTÃO RELACIONADOS PRINCIPALMENTE COM ADESÃO DOS PROFISSIONAIS AO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO. COMPREENDEMOS QUE ESTE PROTOCOLO DIZ RESPEITO A DIVERSAS ÁREAS DENTRO DA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR, MAS AÇÕES AINDA ESTÃO VOLTADAS COM MAIOR INTENSIDADE PARA EQUIPE DE ENFERMAGEM. EXISTE A NECESSIDADE DE ALCANÇAR TODOS OS PROFISSIONAIS. ALÉM DISSO, IDENTIFICAMOS DIFICULDADES NA APLICABILIDADE DO PROTOCOLO PELA CARÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS, AS EQUIPES ESTÃO REDUZIDAS E ENCONTRAM DIFICULDADES NA REALIZAÇÃO DE TODAS AS ATRIBUIÇÕES. OUTRO FATOR DE INTERFERÊNCIA É A ADESÃO DE ACOMPANHANTES E CUIDADORES ÀS ORIENTAÇÕES REALIZADAS E/OU AS FALHAS E/OU AUSÊNCIA DESSAS ORIENTAÇÕES PELOS PROFISSIONAIS.

Quais os desdobramentos, produtos e/ou resultados relacionados ao projeto?

- A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ESTAMOS IDENTIFICANDO O PERFIL DA NOSSA INSTITUIÇÃO EM RELAÇÃO AO INDICADOR DE NÚMERO DE QUEDAS. HOUVE INTENSIFICAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES DE EVENTOS ADVERSOS, ATRAVÉS DAS AÇÕES DO NSP, CONTEMPLANDO O AUMENTO DAS NOTIFICAÇÕES DE QUEDAS.
- A INSTITUIÇÃO PASSOU A CONSIDERAR O PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS PARA REFORMAS DOS SETORES;
- OS COLABORADORES ESTÃO MAIS CIENTES DE SUA RESPONSABILIDADE NA PREVENÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS, SINAIS DE MELHORA DA CULTURA DE SEGURANÇA;
- GESTORES MAIS CONSCIENTES E APOIANDO ATRAVÉS DE SUBSÍDIOS FINANCEIROS AS AÇÕES VOLTADAS PARA PREVENÇÃO.
- POSSIBILIDADE DE EM CURTO PRAZO COMPARARMOS OS INDICADORES ANTERIORES COM OS POSTERIORES A IMPLANTAÇÃO.
- COM AS AÇÕES JÁ IMPLANTADAS EM CURTO PRAZO PODEMOS MENSURAR A MELHORA NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA.

Curso

QSCP - Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente

Instituições

HOSPITAL DE CARIDADE SÃO VICENTE DE PAULO - Paraná - Brasil

Autores

DENISE LOPES DAMBROSKI BACKES, KATIELLI CARINA ALMEIDA MARCON, DIRCELENE SALDANHA, LUCIANA CRISTINA SERPA AGNER