Dados do Trabalho


Título

AMILOIDOSE palpebral unilateral: um caso raro

Introdução

O presente trabalho busca relatar um caso de amiloidose palpebral diagnosticado após paciente ser encaminhado ao oftalmologista para avaliação de ptose palpebral em olho esquerdo com início recente e piora gradativa.

Método

relato de caso

Resultados

Mulher, 60 anos, hispertensa, natural e residente de Guaxupé – Minas Gerais, sem antecendentes oftalmológicos e pessoais , é admitida em serviço especializado em oftalmologia com queixa de ptose palpebral em olho esquerdo, há 3 meses, progressiva e indolor. Ao exame, mostrava melhor acuidade visual corrigida igual a 20/30 em ambos olhos. Biomicroscopia, pressão intraocular e fundoscopia sem alterações. À ectoscopia, paciente apresentava lesão nodular em conjuntiva tarsal da pálpebra superior, de aproximadamente 3cm, endurecida e aderida a planos profundos. Foi então realizada biópsia incisional e o fragmento enviado para avaliação anatomopatológica, que na histologia corou com vermelho do congo com birrefringência à luz polarizada e na avaliação imuno-histoquímica, notou-se a presença de amiloide P positivo e A negativo. Suspeitando-se de amiloidose, foi solicitado screening sistêmico e local. A ressonância de crânio com ênfase em órbitas, demonstrou espessamento da conjuntiva palpebral ipsilateral à lesão, sem acometimento da órbita ou globo ocular. Por falta de achados sistêmicos, foi diagnosticada como amiloidose primaria. A conduta então foi a exérese total da lesão, com melhora importante da ptose palpebral. Paciente segue em acompanhamento com equipe multidisciplinar.

Conclusões

: A amiloidose primária palpebral é uma patologia extremamente rara, principalmente quando é unilateral. Considerando este subtipo diagnóstico e sua gravidade, é importante que em biópsias de lesões como esta, a amiloidose seja considerada. Além do foco no tratamento local e correção da ptose, a investigação sistêmica é de suma importância, tendo em vista a gravidade da doença. Relatos de caso como este ajudam a entender a quantidade de variáveis existentes na sua apresentação auxiliando na precocidade do diagnóstico e seu melhor prognóstico.

Área

RELATO DE CASO

Instituições

unifesp - São Paulo - Brasil

Autores

marcio costa, rubens belfort neto, melina morales, aline toledo, andre vidoris, arthur fernandes