Título

ANÁLISE DA REALIZAÇÃO DE FOTOCOAGULAÇÃO DE RETINA A LASER NAS REGIÕES DO BRASIL ENTRE 2015 E 2018

Introdução

Entre as formas mais graves da retinopatia, tem-se a proliferativa, a qual ocasiona o crescimento de novos vasos anormais que proliferaram para o interior do olho causando graus variados de destruição da retina, sendo, portanto, a principal forma causadora da cegueira. Dessa forma, visando o tratamento de tal problema, tem-se a fotocoagulação da retina a laser, na qual o laser emitido pelo aparelho é absorvido pelo Epitélio Pigmentar da Retina (EPR) e transformado em calor, gerando a destruição dos neovasos e uma cicatrização da retina, de modo a evitar possíveis complicações. No Brasil, do total de portadores de Diabetes Mellitus, 15% a 40% apresentam retinopatia diabética. Apesar do número alarmante, houve uma redução do número de complicações ocasionadas por tal retinopatia e, assim, faz-se importante relacionar essa progressão com o aumento da realização de fotocoagulação da retina a laser.

Método

Trata-se de um estudo transversal, cujos dados foram obtidos por meio da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados os dados de 2015 a 2018 acerca da realização de fotocoagulação de retina a laser nas regiões do Brasil.

Resultados

Foram realizadas 19.150 procedimentos de fotocoagulação de retina a laser no Brasil entre 2015 e 2018, sendo 2.396 em 2015 e 7.916 em 2018, observando um aumento de 230%. Entre as regiões, o Sul foi o que apresentou o maior taxa de realização de tal procedimento, com 7.241 (37,81%), seguido da região Sudeste com 5.985 (31,25%), região Norte com 3.089 (16,13%), região Nordeste com 2.776 (14,49%) e por último a região Centro-oeste, com apenas 59 (0,30%).

Conclusões

Dessa forma, demonstra-se o aumento da realização do procedimento de fotocoagulação a laser no Brasil entre 2015 e 2018. Nesse contexto, tal situação indica uma possível melhora das complicações mais graves da retinopatia diabética, visto que, tal procedimento é um considerado um dos mais efetivos no combate de retinopatia proliferativa. Sendo assim, torna-se de fundamental importância a persistência da realização da fotocoagulação de retina a laser no Brasil.