Dados do Trabalho


Título

Melhora da interação social e desempenho nas atividades acadêmicas após correção de ametropia através da participação em Projeto Social – Relato de Caso

Introdução

A triagem oftalmológica, por possibilitar a detecção de doenças e, a prevenção da cegueira infantil, e ainda por permitir avaliar o perfil de erros refracionais na população, detém grande relevância do ponto de vista de saúde pública (ALVES et al, 2014). Ainda para esses autores, a idade ideal para a realização das campanhas de triagem de problemas oftalmológicas situa-se entre 0 e 6 anos, quando se completa o desenvolvimento visual
O Projeto Ver na Escola realizou 20000 atendimentos em crianças matriculadas em escolas do município de São Paulo, de 3 a 17 anos, nos CEUs (Centro Educacional Unificado), além de realizar a triagem oftalmológica e doar os óculos prescritos, realiza palestras e orientações a educadores, pais e comunidade em geral sobre saúde ocular e a importância do exame na infância

Método

DLDO, 5 anos, procedente da cidade de São Paulo, aluno do 5º ano da Educação Infantil
Queixa: a professora relata que a criança não brinca em grupo, não se locomove sozinha nas dependências escolares, não tem muito interesse por atividades como colorir desenhos ou desenhar, por vezes se isola das demais crianças e geralmente brinca sozinho e no solo.
Anamnese: portador de Deficiência Visual, com encaminhamento para Instituição Especializada, com alteração desde o nascimento. Estado Geral de Saúde: Bom, nega qualquer tratamento sistêmico. Parto cesárea, à termo, sem intercorrências. Antecedentes oftalmológicos: nega uso de óculos e cirurgias
Ao exame: AV SC: OD: MM OE:MM AO: CD2M
MOE: KRIMSKY: RAC
FIXAÇÃO BINOCULAR: Reflexos aparentemente centrais
Presença de nistagmo de média amplitude e alta velocidade
ROTAÇÕES BINOCULARES: Sem alterações grosseiras
REFRAÇÃO ESTÁTICA: OD: -5,50 DE AV: CD4M
OE: -5,00 DE AV:CD4M
AV CC AO: 20/400
FO: Fundus miópico AO
BIOMICROSCOPIA: Sem alterações
CONDUTA: Prescrição de refração

Resultados

Após 90 dias, a professora relata que a criança brinca no parque com os demais alunos da sala, agora adora colorir desenhos e criar desenhos sobre os personagens das histórias. Tem interesse por brincar em espaços abertos e já corre, eventualmente, na quadra. Locomove-se sozinho na sala de aula, no percurso até o banheiro e ao espaço das refeições.

Conclusões

Ressaltamos que, há a necessidade de incentivos públicos e privados para o alcance da triagem oftalmológica ao maior numero de crianças possíveis em idade de plasticidade cortical, além de campanhas de educação e informação para a conscientização sobre saúde ocular na infância.

Área

RELATO DE CASO

Instituições

INSTITUTO VERTER - São Paulo - Brasil

Autores

DEBORA CRISTINA GABRIEL, LILIAN GRESPAN GOMIDE, HELGA SILVA SANTOS, RODRIGO GALVAO VIANA, EDUARDO PARENTE BARBOSA